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# 11 GP da Hungria

Reginaldo Baleia Leite
Publicado em 03/08/2011 às 23:37Atualizado em 19/12/2022 às 23:01
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       Essa etapa do mundial normalmente é marcada pela melancolia de uma procissão de carros e sem emoções, ou seja, disputas de posições. Porém, algumas raras vezes acontecem fatos inusitados, como o da primeira edição, quando Piquet conseguiu realizar uma ultrapassagem esplendorosa e que se tornou histórica. Também houve a briga de Senna e Prost na mesma curva posteriormente, que também, para as viúvas senistas é histórica.  

       Chuva. Mas de uns anos para cá essa etapa se tornou a pior do calendário, para quem assiste a corrida claramente. E as novas regras, asa móvel e Kers se mostraram meio que sem resultados mais uma vez. O que realmente deu emoção a esta corrida foi a presença da dona chuva. Esta sim consegue fazer de uma corrida, em que o pole certamente acabaria como vencedor, uma corrida cheia de disputas e alternativas.

     Cabeça.  E como já está se tornado mania, onde o imponderável acontece Jensen Button aparece. Ano passado ele ganhou duas etapas dessa maneira e esse ano a cena se repete. Button é o piloto das situações adversas. E isso deve chatear muito Lewis Hamilton, que é dono de uma pilotagem forte e agressiva e que seria o virtual ganhador dessa etapa, caso não tivesse chuva.

        Passado. Jensen Button venceu sua primeira corrida na F 1 nesta pista e sob as mesmas condições. Muita chuva e confusões. Os favoritos na época eram a Ferrari de Shumy e a Renault de Alonso e o ano era 2006.  Foi também a primeira vitoria da nova equipe Honda. Barrichello era companheiro de Button. Porém, a primeira vitória da Honda na F1 foi em 1965, no GP do México, mas a que mais marcou a primeira fase foi a vitória de  John Surtes, em Monza, em 1967. 

    Perdedor do dia. Se Button foi quem se saiu bem, o piloto que se deu mal nesta etapa foi seu companheiro de equipe. Hamilton conseguiu a ponta no braço e também a perdeu no braço. Por sua agressividade e excesso de confiança em condições adversas. Alonso, Massa e outros também rodaram. Porém, Button com o mesmo carro de Hamilton, não.

      Mistério. Ninguém falou ou comentou mais certamente Hamilton teve algum problema de comunicação com sua equipe, pois sua corrida foi prejudicada e de maneira infantil. E ele era o piloto da equipe com mais chances de alcançar Vettel. Os ingleses sabem ser frios e esconderam sua falha.

     Mesmice. Webber mais uma vez ficou aquém de suas possibilidades pelo carro que pilota. E mais uma vez Alonso chegou além do que seu carro poderia lhe oferecer. Se Webber começou a realizar corridas bucólicas e longe daquilo que seu carro e sua equipe poderiam lhe proporcionar, Alonso tem conseguido ir além do que seu equipamento lhe oferece.

   Contrário. Ao contrário do que ocorre com o hispânico, Massa passa por uma fase inversa. Por mais que ele tente, a dona sorte o abandonou. A ‘zica’ não abandona o brasileiro. Por mais que ele reme nunca chega à praia. E isso cansa quem torce por ele. Alguns teimam em dizer que depois da mola do ‘burrinho’, nesta mesma pista, sua performance nunca mais foi a mesma. Vamos ser um pouco mais pacientes, mas o espanhol parece ter destruído a autoestima do nosso representante. Mas a verdade é que Massa largou na frente do Alonso e terminou quase um minuto atrás.    Force India. A equipe indiana mais uma vez colocou um de seus carros na zona de pontuação. Desta feita com Di Resta. E na frente da única Mercedes que cruzou a linha de chegada. Suttil, que havia largado em oitavo, não foi bem e terminou em 14º a duas voltas. Ano passado a Williams brigou até o fim para superar os indianos. Este ano, a mesma Williams está longe dos carros indianos. Conseguiram piorar um carro que já não era bom.

      Bom demais. Sebastian Buemi, que largou da última fila, conseguiu uma sétima posição no final. Buemi andou muito e foi o piloto do dia. Pena que quem corre lá atrás raramente é notado. Rosberg e Alguersuari fecharam a zona de pontos. Schumacher e Perez largaram entre os dez: o alemão não terminou e Perez foi o décimo quinto.

   Vettel. Estranhamente, o carro da Red Bull deixou de ser o bicho papão, da noite para o dia, mas Vettel certamente não perde a taça. Nesta etapa foi segundo e o vencedor foi quem estava mais atrás na tabela. Depois da Hungria, o alemão ampliou sua vantagem para 85 pontos. O segundo classificado, Webber pode ganhar as oito etapas restantes que não seria campeão se Vettel for o segundo. O alemãozinho pode se dar o luxo de ficar em casa durante três etapas, que ainda assim não perde a liderança do campeonato.

 Felicidades a todos!

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