ARTICULISTAS

4 GP da Turquia

Reginaldo Baleia Leite
Publicado em 11/05/2011 às 23:24Atualizado em 20/12/2022 às 00:22
Compartilhar

        Mais uma ótima corrida e das mais disputadas. As disputas, porém, não envolvem a ponta, pois esta tem don o alemãozinho Vettel. De novo a durabilidade da borracha da Pirelli e as novas regras (asa móvel e kers) mexeram com a competitividade. Nesta etapa houve um novo recorde de paradas de boxes, mais de 80. Vettel, porém, safou-se das adversidades.

     Cerco. Seu companheiro de equipe, Webber, mais uma vez fez uma péssima largada, quesito em que foi acompanhado por Hamilton. Um detalhe que me chamou atenção foi o número de carros com motor Mercedes que cercavam Vettel no grid de largada. E quem largou mais uma vez foi Felipe Massa.  E ainda fez uma ultrapassagem magistral ao final da primeira volta ou início da segunda sobre uma Renault ou Lótus negra (Heidfeld).

     Bem.  Voltas depois, Massa consegue ganhar duas posições, as de Petrov e Shumy, que se enroscaram. Então, Massa, num lance de sorte conjugada com um bom reflexo, ganhou as posições. Mas ao parar na décima volta, para sua primeira troca de pneus, começou seu calvário, pois após cada parada a equipe o jogava mais para trás no grid, por serem lentos nos serviços. Na Malásia a equipe já tinha jogado Massa para longe do pódio.

        Indigesto. Antes de realizar sua primeira parada, Massa ultrapassou Hamilton na pista e entrou nos boxes, onde foi seguido por Hamilton.  Porém, a McLaren trabalhou melhor que a Ferrari e o britânico saiu na frente. A equipe também errou com Alonso, só que em proporção menor. Massa perdeu para Alonso mais de sete segundos, no total das quatro paradas. Felipe gastou 1m33s500 nas suas paradas, contra 1m26s121 de Alonso.

     Cego.  Só Massa ainda não viu que a equipe trabalha apenas para o espanhol. Se você achar que estou exagerando é só conferir o twiter da Ferrari. O tempo inteiro só fala de Alonso nos treino e na corrida. Massa pode estar bem num determinado momento, mas o assunto é só Alonso.  É incrível como só têm olhos e palavras para o espanhol, a coisa está ficando descarada.     

      Repeteco. Ano passado a Máfia Vermelha fez algo parecido. Massa chegou até a liderar o campeonato no início, por regularidade, mas quando chegou à fase europeia eles travaram Massa. E aí fazem de tudo para Alonso se despontar e se algo der errado, eles são capazes de absurdos como o da Alemanha de 2010. Porém, sinto falta em Felipe daquela garra de se superar nas classificações, como fazia com Ice Man.

     Falsidade. O desempenho da Ferrari em corrida surpreendeu até os pilotos e a equipe. Ninguém dos vermelhos tinha um discurso otimista depois da classificação. Mas depois da prova, o espanhol citou que a sua diferença para Vettel havia diminuído em relação às etapas anteriores. Na China era de mais de um segundo e na Turquia ficou abaixo disso.

Caseiro. As duas McLaren nos proporcionaram ótimos momentos nesta etapa, pois seus integrantes duelaram em algumas ocasiões. Hamilton largou mal e lutou muito para se recuperar, e Button, que se achava o econômico no desgaste de pneus, adotou uma tática errada, se é que se pode dizer isso, pois a equipe andou trocando pneus ainda em bom estado. E, segundo ele, foi assim que deixou o piloto fazer um stint longo com o último jogo de pneus. 

   Mudanças.  A equipe Mercedes, ao contrário dos italianos, conseguiu um bom carro para a classificação. Mas na corrida demonstraram que ainda têm muito que aprender. Seria interessante se as duas equipes trocassem informações. A Mercedes ensinaria à Ferrai como evoluir na classificação e a Ferrari mostraria como ser mais eficaz na prova. Porém, isso é um cenário inimaginável nos dias atuais. Mas só assim bateriam as criações de Newey.

   Sina. Barrichello tirou leite de pedra na classificação. Mas na corrida caiu na realidade, e fez apenas um décimo quinto. Na Williams a crise está instalada. E cabeças já começaram a rolar. Mas o pior é que vai ser difícil consertar o erro de projeto. Para o carro andar bem ele tem que estar muito baixo, há uma altura que seria abaixo do regulamento.

  Concluindo. Vettel venceu três de quatro etapas. E em duas dessas vitórias ele recebeu ajudas involuntárias. A primeira com Petrov, na Austrália e a última com Rosberg, na Turquia. Pois esses pilotos largaram bem e seguravam pilotos mais rápidos por algumas voltas, possibilitando a Vettel abrir uma vantagem segura para os demais. Se na China a tônica foram três paradas, na Turquia o ideal foram quatro. Ninguém falou do KERS fraquinho da Red Bull, mas da asa destroçada no acidente de sexta-feira. O estrago mostrou um pouco da composição dessa asa que é flexível e passa nos teste da FIA.

  Felicidades a todos!

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Logotipo JM OnlineLogotipo JM Online

Nossos Apps

Redes Sociais

Razão Social

Rio Grande Artes Gráficas Ltda

CNPJ: 17.771.076/0001-83

Logotipo JM Magazine
Logotipo JM Online
Logotipo JM Online
Logotipo JM Rádio
Logotipo Editoria & Gráfica Vitória
JM Online© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por