O famoso, tradicional, místico e até matador Rally Dakar realiza sua segunda edição em terras sul-americanas. Não sei se devido à crise mundial...
O famoso, tradicional, místico e até matador Rally Dakar realiza sua segunda edição em terras sul-americanas. Não sei se devido à crise mundial ou se por causa da distância da Europa, a verdade é que o grid deste ano foi demasiadamente magro. Equipe de fábrica agora somente a VW, que pela lógica será a grande vencedora deste ano. Inclusive, a maior vencedora do Dakar de todos os tempos, a Mitsubishi abandonou a competição. Mesmo correndo sozinha e com um exército de apoio, a tropa alemã corre o risco de ficar fora do degrau mais alto do pódio. Essa equipe tem de vencer uma sina da qual parece que se livrou no ano passado, pois venceu no último round, mas ainda persegue o time. Se a distância e ou a crise afastou a grande maioria dos concorrentes europeus e principalmente os franceses, pátria mãe do evento, o número de inscritos sul-americanos subiu inversamente proporcional aos anos anteriores, quando a competição partia da Europa. E teve até argentino e chileno vencendo etapas. Nada como correr no quintal de casa. Somente uma equipe continua a ser imbatível, tanto em solo europeu/africano quanto latino, essa equipe é a russa Kamaz, dos caminhões. Chagin é o líder e o maior vencedor da categoria, com 54 vitórias no raid, seguido bem de perto pelo vencedor do ano passado, Kabirov, que na segunda-feira, dia 11/01, obteve sua 31ª vitória no rally. Na categoria dos carros, a VW liderava com as três primeiras posições. O azarado do ano passado, o espanhol Carlos Sainz, liderava com pequena vantagem sobre Nasser Al-Attiyah, agora de VW. Guilherme Spinelli era o melhor brasileiro colocado, em oitavo. O segundo era Jean Azevedo, em vigésimo primeiro. Ambos com Mitsubishi não oficiais. Maurício Neves era o brasileiro com melhores chances na competição, pois corria na equipe VW e estava em sétimo entre os carros, na classificação geral, quando sofreu um acidente na sexta etapa, realizada entre as cidades chilenas de Antofagasta e Iquique. O acidente aconteceu entre os quilômetros 117 e 153 da especial. Maurício Neves chegou a ocupar a terceira posição do rally. Nas duas rodas o francês Cyril Despres da KTM liderava na segunda-feira,11-01, seguido de Pal Anders, também de KTM. A grande surpresa era o chileno Francisco Lopez Contardo, segundo colado. Contardo venceu uma etapa ano passado e repetiu a dose neste ano. E se candidata a vice-líder da competição. No mundinho da F1, o Verme recentemente profetizou que duas equipes, das novatas, ainda não tinham saído do papel. A primeira que me veio à cabeça foi a USF1. Mas esta, por razões óbvias, tratou logo de demonstrar que esta firme e agora contratou o ex- chefe de equipe de Giu De Ferran. Uma cara que conhece muito de corridas, mas não de F1. Agora, de repente, surge uma notícia preocupante: a equipe de Bruno Senna, a Campos Meta, está sendo alvo de especulações da grande mídia. Segundo as más línguas, a equipe passa por dificuldades financeiras e esta com atraso de pagamentos com a fabricante de seu chassi, a italiana Dalara, que é a maioral na F3. O dono da equipe esteve no Brasil e, segundo à rádio paddock, a intenção era fechar um contrato com a Petrobras. Mas não deu em nada. A contratação de Bruno era uma esperança de atrair patrocinadores, mas só veio o pessoal do Bruno e a equipe precisa de muito mais. E ataca em muitas frentes, sem sucesso até o momento. Esse mal atinge mais equipes no momento.