A Ganância

Uma prova disso é o nosso compatriota Helio Castro Neves, que passa por maus momentos em sua carreira, nos EUA. Helinho, como costumamos chamá-lo, é um piloto de sucess venceu a prova mais badalada do EUA, a lendária 500 Milhas de Indianápolis, por duas vezes, e é o piloto mais popular da categoria na terra do Tio Sam.   Helinho Castro Neves entrou para a equipe Penske, em 2000, pra substituir o bom, mas finado Greg Moore. Na época, o empresário do piloto era Emerson Fittipaldi. Desde então, Castro Neves começou a acumular inimigos devido a contratos não cumpridos. Para complicar, fundou uma empresa num paraíso fiscal e o resto novela vai acabar em março, num julgamento em que o piloto pode sair do tribunal direto para a prisão.   Nossos irmãos do Norte não amolecem em questões onde o fisco é lesado. Sua equipe, a Penske, já procura um piloto para substituí-lo em 2009. Uma grande e promissora carreira tem tudo para acabar, em virtude da tal da ganância. O que é uma pena, pois Helinho sempre nos trouxe muitas alegrias no esporte, só faltou um campeonato na categoria. Apesar de que, para os norte-americanos, é mais importante vencer as 500 Milhas do que o campeonato.   Na terra brasilis, tivemos um domingo com decisão na GT 3, uma categoria onde correm belos e potentes carros: Lamborgini, Ferrari, Porsche, Dodge Viper e os imbatíveis Ford GT. O visual é dos melhores, mas não há muitas disputas na pista, salvo algumas atuações de Valdeno Brito. Na ponta normalmente está um Ford GT. É uma categoria onde o investimento fala mais alto.   Na Copa Clio, o ano foi de José Cordova, que se sagrou campeão mais uma vez. Só deu ele o ano inteiro. Essa é uma competição muito interessante de se ver, com muita disputa e emocionante. Só não há briga pelo primeiro lugar, mas do segundo para trás a coisa é feia. Na F-3 Sul-Americana, que hoje só tem uns doze competidores, todos brasileiros, o campeão foi Nelson Merlo.   No sul, o sol apareceu no domingo para ajudar os organizadores do Desafio das Estrelas (Prova de Kart). Foi uma decisão corajosa por parte da organização. Apesar do caos que se instalou em Santa Catarina, os organizadores levaram adiante o evento, pois não tinham como adiá-lo sem perder a presença de grandes ídolos, como Schumacher, Vitantonio Liuzzi, Jeff Gordon e os brasileiros Rubinho, Massa e De Grassi, estes da F-1. Havia muita gente boa no evento. Pizonia, Max Wilson, Zonta, Moreno, Alex Barros, Tony Canaan, João Paulo de Oliveira entre outros.   A vitória na primeira bateria ficou com Rubens Barrichello e, na segunda, com Felipe Massa, que não foi bem na classificação. Largou de trás, mas fez uma bela prova. Na soma dos tempos, a vitória ficou com Rubinho, que, mesmo vencendo, falou mal de alguns concorrentes. Pra variar, o alemão era um deles. Esse Rubinho anda falando demais, não perde uma oportunidade de alfinetar alguém. Dessa forma, acaba surgindo um clima não muito amigável no ambiente.   Rubinho também foi o vencedor das 500 Milhas da Granja Viana, realizada semanas atrás. No kart só dá ele. Pena que na F-1 suas chances estão cada dia mais remotas. Será que os japas da Honda ficaram cegos? Não tem lógica colocar um piloto novato para ajudar a desenvolver um novo carro e deixar o experiente de fora. Vai saber que tipo de critério os japinhas da Honda estariam usando. Uma ótima semana a todos!