Candidatos à Presidência da República têm apresentado planos de trabalho perfeitos e numerosas promessas, garantindo um novo Brasil a partir de janeiro, quando será empossado o candidato que vencer nas urnas.
Uma varinha mágica vai funcionar. Segundo uma das promessas, o Rio São Francisco passará por reforma sem precedentes – assoreamento, alargamento, tornar-se-á totalmente navegável e livre de esgotos; canais serão implantados em todo o Nordeste, viabilizando plantações de frutas e agricultura de primeira. E todos terão água potável.
Os sete mil imóveis da União que foram iniciados, alguns há anos, serão concluídos. Dívidas de milhões de devedores serão zeradas. Teremos segurança, educação, transporte. A miséria será erradicada. Homens de bem poderão utilizar armas, para se defenderem dos bandidos, que nunca abandonaram as armas e até melhoraram o estoque. Ou haverá paz ou todo mundo vai para a cova.
Como bons mineiros, estamos com o pé atrás com o que ouvimos e fartos de ver candidatos, uma vez eleitos, não cumprirem o que prometem. Somos céticos com promessas de campanha. Foi-se o tempo em que promessa era dívida.
Mesmo com a metade dos políticos envolvida em corrupção, o tema pouco ou nada foi tratado pelos candidatos. Não é sem motiv se insistir no assunto, qualquer dos candidatos, uma vez eleito, não governará, pois mesmo seus melhores projetos não serão aprovados no Congresso. A não ser que se renda à corrupção.
Outro assunto que não é interesse dos candidatos é a construção de ferrovias, uma opção para transporte mais eficiente e econômica que rodovias.
O Brasil só superará a crise se promessas de eleição forem efetivadas. A situação ficará ainda melhor se o novo Presidente tiver o bom senso de avocar as boas ideias dos outros candidatos, ao próprio plano de governo, o que, longe de ser crime, é decisão importante.
Num país gigante pela própria natureza, há, sim, número suficiente de homens de bem, capazes de governar honesta e sabiamente. Vamos pesquisar, escolher certo e exigir o cumprimento do plano de governo. Essa é a oportunidade de que precisávamos. Vamos fazer a coisa certa.