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A Política do Filho Único

O Congresso Nacional do povo chinês apreciará nos próximos dias a questionada Política do Filho Único

Publicado em 25/04/2011 às 23:29Atualizado em 20/12/2022 às 00:40
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O Congresso Nacional do povo chinês apreciará nos próximos dias a questionada Política do Filho Único, que vige há 30 anos, o que ocorrerá em razão do rápido envelhecimento da população, que passou a despertar a atenção da cúpula governamental.

O motivo que levou o governo a permitir que os casais, doravante possam a ter dois filhos, proibindo a gestação de três, decorreu, sobretudo, da falta de mão-de-obra que vem afetando a economia nacional. Segundo dados recentemente conhecidos, a força do trabalho desempenhado entre as idades de 28 e 48 anos tende a reduzir à metade, no próximo decênio.

 Até hoje o alto custo para criar um filho em cidades de elevado porte, como em Xangai e Pequim, constitui o motivo principal do controle de natalidade, conforme proclamou o Comitê de Recursos Populacionais do Congresso. Esta limitação somente é aplicada nos centros urbanos, pois na área rural admite-se um segundo filho, caso o primeiro seja do sexo feminino.

 Conforme dados emitidos pelos órgãos estatais, nas últimas três décadas foram realizados cerca de 265 milhões de abortos, o que normalmente ocorre após o segundo trimestre da gravidez, quando o sexo já está definido, havendo, por parte dos pais, uma preferência pelos filhos do sexo masculino.

 A China tem uma população de 1,35 bilhão de habitantes, correspondente a 20% da totalidade mundial. Quando há limitação imposta pelo governo é transgredida pelo casal, os infratores ficam sujeitos a uma das cinco punições: perda da colheita, dos animais, dos móveis, além da demolição de casas e, até mesmo prisão.

 O premiê chinês Wen Jiabao deflagrou um processo de erradicação da pobreza elevando a contribuição atualmente concedida às camadas destituídas de recurso, que se concentram no oeste da China. A pretensão daquele líder é de que a renda familiar passe a crescer em média 7% ao ano até 2015.

 Além dessas diretrizes, ora implantadas, há também interesse pela desaceleração do crescimento econômico, com o aumento de investimento em pesquisas, notadamente na área ambiental.

 Embora os governantes chineses afirmem que 70 milhões de pobres vivam com menos de US$ 182 por dia, esses dados são repelidos pela ONU, ao divulgar a existência de 150 milhões de chineses, subsistindo com renda inferior a US$ 1 por dia, ou seja, abaixo da linha da pobreza.

 A repercussão da proposta de Wen Jiabao em alterar a Política do Filho Único ensejará ainda muitas controvérsias, refletindo em outros países, pois importará em tornar ainda mais acentuada a sua liderança, em confronto com outras potências mundiais.

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