Em quem votar? Eis a pergunta que navega de canto a canto
Em quem votar? Eis a pergunta que navega de canto a canto no meio onde cada um tem a sua respectiva atuação. Por mais que sejamos diligentes e nos vigiemos para não jogar o voto fora, o risco é extremamente grande. Não há como negar.
Em todas as eleições é a mesma retórica com promessas daqui e dali, como se os problemas em questão nunca tivessem existido e a solução dos mesmos jamais fosse reivindicada. E o eleitor desavisado ou faz de conta que embarca na troca do seu sagrado voto por alguns favores.
Ontem, 30/08/2018, tivemos em Uberaba um debate político com os candidatos ao Governo de Minas Gerais. Esperávamos que nem um deles tergiversasse a verdade sobre o que não poderão cumprir. Infelizmente nas entrelinhas deixaram perceber essa sutileza. O certo é que estamos numa convulsão nunca sentida nos últimos tempos pelo Estado. Dois fatos nos dão a ideia de que estamos em rumos equivocados: o primeiro cinge-se aos professores mineiros, que foram relegados a plano que não sabemos. O segundo não podemos ignorar quando a empresa Armazém Martins (maior atacadista da América Latina), fundada há 65 anos em Uberlândia, fecha suas portas e bate em retirada para Goiás. Sem citar exemplos e exemplos...
A quem deve interessar essa derrocada que assistimos? Aliás, o comportamento pacífico de aceitarmos as injunções de cima para baixo é histórico entre nós. Ora engolimos por ingerência, ora por conveniência. Qual dos candidatos, ao ser eleito, será capaz de reverter logo esse triste quadro? Sinceramente, data vênia, minha visão está opaca ao tentar ver qual deles vencerá esse crucial desafio. Isso porque levaremos seguramente uma geração para voltarmos a “locomotiva” aos trilhos. A economia frágil dita as regras, a escola pena, a saúde amarga, a violência massacra, outros setores vitais se encavalam e o Estado emperra. Eis a nossa triste e melancólica Minas Gerais de hoje.
Discursos bonitos, bravatas inteligentes, posições acaloradas, razão a quem tem e não tem, promessas de dias melhores, etc., foi o que vi e ouvi ontem no Centro Cultural José Maria Barra, em Uberaba, Minas Gerais, Brasil. Se a minha quilometragem fosse menor, certamente estaria crendo piamente nos salvadores da terra mineira, ontem. Hoje, descrente, aboli do meu fraseado aquele bordã “Me engana que eu gosto”. Longe de deitar descrédito nos candidatos, foi impossível esquecer a síntese de Abraham Lincoln: “É impossível enganar o povo todo, durante todo o tempo”.
Em obediência à lei eleitoral, não citei nomes.