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A volta

A notícia do momento e mais comentada pela fábrica de notícias que movimenta o cirquinho do Verme, é a volta do alemão. E todo ano é assim. Nessa época de entressafra, os profissionais...

Reginaldo Baleia Leite
Publicado em 16/12/2009 às 22:20Atualizado em 20/12/2022 às 08:59
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A notícia do momento e mais comentada pela fábrica de notícias que movimenta o cirquinho do Verme, é a volta do alemão. E todo ano é assim. Nessa época de entressafra, os profissionais da mídia especializada vivem de lançar notas espalhafatosas para chamar a atenção do grande público. Pois não tem carro correndo na pista e assim com esses boatos e notas sensacionais atraem a atenção daqueles que acompanham esse esporte e até daqueles que não se ligam tanto no assunto. Desde a desistência de Button de correr na nova equipe Mercedes, ou a sua velha Brawn, os profissionais do marketing vêm batendo nessa tecla. E no circo sempre que há fumaça há fogo. Mas pensando bem, será que deu tempo do alemão se curar dos problemas que dizia ter quando foi indicado pela Ferrari para substituir Massa, depois do acidente da Hungria? Será que ele realmente tinha lesões tão sérias que o impediam de correr?   Ou era por que a Ferrari de 2009 era um carro sem competitividade e até aqueles que conviviam com o modelo desde o início da temporada nem sempre conseguiam levá-lo ao pódio? O alemão demonstrou que não era o seu forte correr com um carro que não era superior aos demais, como na temporada de 2005 e quando isso aconteceu mostrou-se apenas um piloto como os demais e não como um ser acima dos outros, como muita gente e a mídia o elevaram. O exemplo mais recente foi a temporada de 2006, quando tinha um bom carro e não conseguiu o campeonato, mesmo tirando da Renault o seu maior trunfo que era o amortecedor de massa. (De massa e não do Massa).    Voltando aos dias atuais, a verdade é que o alemão deve muito à Mercedes, que foi quem o bancou até chegar na F1. E foi através dos homens da Mercedes, que Eddie Jordan deu um lugar para Schumacher. E aí outra velha raposa, Briatore/Maliatore assumiu a paternidade do alemão, que contava com todo apoio do nosso velho e mercenário Verme, que queria porque queria um alemão nos pódios. A Alemanha era o único dos grandes europeus que não tinha um campeão e no fim dos anos oitenta e começo de noventa era a maior economia do planeta F1 e não tinha um representante de peso. E aí houve uma avalanche deles: Karl Wendlinger, Frentzen e Schumacher. Todos eram da escola da Mercedes e Shumy era o pior aluno dessa e foi o que mais se deu bem na F1. Hoje o Verme investe no continente asiático e deu às costas para a Europa. Mas tem um carinho especial para com os espanhóis. Será por quê?   Porque, eles são os maiores investidores na F1 atual no continente europeu e com um campeão europeu os retornos para o Verme são os maiores. Um chinês ou indiano seria ótimo, mas ainda não conseguiram fabricar um. Por hora tudo ainda é boato, mas como disse antes: onde há fumaça na F1 sempre tem algum fundamento. O entrave deve ser por conta da relação Shumy-Ferrari, onde existem contratos muitos amarrados e de difícil acordo, pois os italianos abriram mão de muitas de suas velhas manias pelo alemão. O alemão mostra que seu lobby é dos mais fortes e segundo grandes publicações do velho mundo, se realmente sair seu contrato com a Mercedes, ele será o piloto com o maior salário do grid. Especula-se algo em torno de R$57 milhões apenas por uma temporada. Algo ingerível nos dias de hoje no velho mundo.   E em 2010 teremos quatro brasileiros no grid da F 1: Massa, Barrichello, Bruno e agora Lucas Di Grassi na Manor/Virgin. Tudo dependia de um bom patrocínio. Como as demais equipes novatas, todas estão vendendo seus cockpit para 2010. Di Grassi conseguiu seu patrocínio com a Unilever. Ainda tem o Nelsinho, com chances de comprar uma vaga nesse grid a varejo de 2010.

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