Em ano de eleições, eu, assim como milhares de brasileiros, acredito que um cargo tão importante como o de técnico da seleção brasileira não deveria ser escolhido por tão poucas pessoas
Em ano de eleições, eu, assim como milhares de brasileiros, acredito que um cargo tão importante como o de técnico da seleção brasileira não deveria ser escolhido por tão poucas pessoas. Ainda mais por pessoas como o atual presidente da Confederação Brasileira de Futebol, o senhor Ricardo Teixeira, o qual já está no comando da entidade há muito tempo, promovendo um continuísmo sem necessidade, arrogante e desrespeitoso. Acredito que os nomes dos melhores treinadores do país deveriam ser colocados em cédulas, e o povo, não portando título de eleitor, mas carteirinha de torcedor fanático e amante do futebol arte, seria convocado à votar. Quem não votasse, não teria o direito de reclamar caso nosso escrete fosse desclassificado nas quartas-de-final de uma Copa do Mundo, com nível técnico tão baixo, como, por exemplo, na disputada da África do Sul. Votaríamos no cara não porque ele é técnico do nosso time de coração. Fosse assim, o inexperiente Rogério Fernandes, atual técnico do Flamengo e o Mano Meneses, comandante do Corinthians, ficariam empatados na ponta. O presidente (sic), digo, o técnico da seleção deveria ser escolhido tão e somente pela sua competência. Além disso, o cidadão, além de entender de futebol – afinal todo mundo entende um pouco – deveria ter a ficha limpa. É preciso que o candidato tenha, pelo menos, um título de campeão brasileiro na bagagem. Uma Libertadores da América, é claro, conta muito nesse caso. É preciso que não seja retranqueiro. Abaixo os esquemas com mais de dois volantes! É necessário, imprescindível mesmo, que o novo técnico saiba a hora certa de abrir mão dos medalhões para dar lugar aos jogadores talentosos, mesmo que esses tenham acabado de sair das categorias de base. Desde quando é preciso ter acima de vinte e tantos anos para ser jogador da seleção? Hã? Não serão aceitos – terão sua candidatura impugnada – todos, todos mesmo, os treinadores que jogam pelo empate. Somos a seleção brasileira, sempre entraremos em campo para vencer, nunca para segurar resultados! Além disso, é preciso ter respeito para com aqueles que o colocaram lá: nós, os torcedores. Nada de treinos fechados. Nada de caras carrancudas. Nada de times que contrariam o desejo da maioria da nação. É claro que isso tudo, apenas, fará do técnico escolhido pelo voto popular um vencedor. Claro que não! No entanto, seguindo esses preceitos, o treinador resgatará aquilo que o Dunga disse ter resgatado, mas todos nós sabemos que não resgatou: o gosto, a alegria, a paixão por ver e acompanhar e torcer pela NOSSA SELEÇÃO! Por isso, além de todos os requisitos mencionados acima, o treinador, na hora de convocar, precisa estar atento àqueles jogadores que jogam pela seleção brasileira como se jogassem o último jogo de suas vidas. É preciso amor à seleção. Nada de beijar escudos. Nada de choro em entrevistas montadas com o intuito de emocionar. Nada disso. É preciso que o atleta esteja ali tão e somente por amor ao seu país, ao seu povo, a nós! Bom final de semana a todos! E-mail: paulofernando1981@gmail.com Blog: www.infinito-pauloborges.blogspot.com