As declarações do deputado Aelton Freitas
As declarações do deputado Aelton Freitas – um representante como deputado federal da nossa região – dadas à TV Globo em horário nacional foram extremamente infelizes em todos os sentidos. Não vale dizer que este é um caso isolado, atípico, não representativo da nossa ilustre Câmara de Deputados, ou do Senado Nacional, ou das internas Câmaras de Vereadores. Muito pelo contrário, nosso deputado apenas se descuidou ao falar na Globo em território nacional, naturalmente inflamado pela fama. No atual mapa da nossa política este fenômeno eleitoral passeia de Roraima à ponte da Argentina, do arroio Chuí a Ciudad del Leste. Infelizmente, e por azar emocional do nosso deputado, todo o Brasil ficou conhecendo uma das mais importantes regras ou leis da eleição brasileira. Aqueles milhares de “protestantes” que rolaram pelas ruas indignados deviam conhecer e levantar estandartes contra esta corrupção, alguns gozadores pedindo os endereços dos papais-noel, etc. e tal, eles também merecem... O ruim de verdade é que esta metodologia política não nasceu hoje, agora. E não é praga tiririca eleitoral, é pasto grande e gordo desde antes até o depois e o governo. Se duvidam, acompanhem as notícias de distribuição de cargos e postos, desde os 40 ministérios (não pensem em Ali Babá!) até os empregos simples da linha final. Xisto Borges morreu aqui há uns 50 anos, mas eu me lembro dele profetizar: em tempo e gente de eleição... todos gritam e ninguém tem razão! Lula foi (e é!) um artista, ao compor seu governo de surpresas. Misturou pinga com Old Eight, magistrados com porteiros de cabaré, mocinhas inocentes e ambiciosas com time da Escola de Samba. Com sua habilidade e sorte, tudo lhe saiu bem. Já a dona Dilma herdou a mistura na fase ruim, e não tem a quilometragem necessária. Discutir o petróleo pré-sal é muito pior que gim com água tônica. Mas, e mais uma vez, Deus é brasileiro, tudo vai dar certo. Não veio de Roma um Papa para benzer e consertar? Pé na tábua, companheiros!