Nós todos sabemos que este ano será dominado pelo processo eleitoral. Este procedimento poderá confirmar políticos já eleitos ou poderá mandar de volta um grupo de decepcionados ou incapazes, substituídos por novos salvadores da pátria. Gente amiga e gente desconhecida vieram bater-me nas costas pela dureza da crônica que escrevi na semana passada. Em atual despedida – férias de anos – devo confirmar um trecho daquela crônica ao qual muitos não deram atenção. De fato tenho uma ojeriza pelos incapazes e desonestos que infestam nossa área da política. Entretanto, deixei espaço e linha para gente boa, capaz e dedicada aos bons propósitos da vida política. Infelizmente, a meu ver, eles existem em minoria e nem sempre ganham o prêmio de sua eleição. Uso a comparação dos garimpeiros da nossa historia e dos nossos rios: da baleia algum brilhante é encontrado – mas a maioria fica nos cascalhos, serão devolvidos ao rio e substituídos por novas ilusões. Agora, se me perguntam que eleições e política devem ser extintas ou devolvidas ao rio das ilusões... não vou concordar. Com todos os seus pesares, as eleições devem acontecer e se repetir. Eu votei e votarei sempre. Passei desilusões que foram educativas, ainda que pela decepção. Entretanto, votei e elegi candidatos cheios de merecimento em suas vidas e atividades políticas. No curto e grosso, votei na nossa presidente Dilma, que eu não conhecia em nenhuma profundidade. Ganhei umas caixas de cerveja lá no clube, já contei a história. Longe de me arrepender. Como alguns disseram, eu estou é muito feliz. Penso – não quero converter ninguém – que a mulher na política é sempre mais honesta e resistente às tentações da fama e da vaidade. Homens – desculpem-me a franqueza – são mais sujeitos às suas necessidades de vaidade, de fama, de poder... e de secretárias moças bonitas, generosas em suas necessidades financeiras e materiais. Este governo da dona Dilma está mostrando podres e pobrezas de caráter que ninguém conhecia, a não ser os “sócios”. Por ela e por isto tudo é que venho me posicionar: na política nem tudo nem todos são desprezíveis. Tem gente boa, idealista, capaz e dedicada, merecendo eleições e votos. O Brasil – e nós todos – precisamos destes candidatos, novos e competentes. Não sei e jamais indicarei candidatos – já quebrei a cara algumas vezes. Entretanto, tive alegrias em ver que existem ainda brilhantes no meio do cascalho. Jogar tudo fora por alguma decepção é besteira. Analise, estude seu candidato, meu bom leitor. Sem pressa, sem entusiasmo ou obrigação. Se acertar, depois, pague-me uma cerveja pela opinião. Se errar, venha tomar cerveja comigo, que nisto sou veterano.
(*) Médico e pecuarista