Ampliando horizontes
Quando jovem e ainda professora, estabeleci uma meta que nem eu mesma sabia se poderia cumprir
Ampliando horizontes
Quando jovem e ainda professora, estabeleci uma meta que nem eu mesma sabia se poderia cumprir, mas o tempo foi passando e parece-me que ainda terei tempo de concluí-la: a de conhecer todas as capitais brasileiras!
São muitos os caminhos que me levam até elas. Amigos que se mudam de Uberaba, atividades profissionais, turismo e busca de capacitação.
Neste último fim de semana fui conhecer Cuiabá motivada por um curso e uma amiga que lá reside e, apesar do pinga-pinga resultante da nossa situação aeroviária (Uberaba, Ribeirão Preto, Goiânia, Cuiabá e o inverso no retorno), fiquei surpresa com tudo o que vi naquela cidade.
Começando pela população que, contrariando minha fantasia de encontrar resquícios de características indígenas, abriga relevante número de moradores que fazem lembrar os sulistas.
A culinária, sem muita sofisticação, é indescritível! Lá, ao invés de rodízios de carne vermelha, são de peixe. As iguarias de polvilho não perdem para as mineiras. Pamonhas, cocadas e muita banana da terra que varia entre frita, com carne seca, na farofa e decoração de pratos.
Urbanisticamente falando, alguns pontos fazem lembrar os centros comerciais de Brasília, cidades mineiras antigas e outros ainda revelam as mesmas mazelas de qualquer outra grande capital.
Atrações turísticas e artesanato variado podem ser vistos no Sesc Arsenal onde acontece toda quinta-feira o Bulixo, mistura de feira gastronômica e ponto de encontro de famílias; o Museu da Caixa D’água; a Casa do Artesão e o Parque Mãe Bonifácia, dentre outros a serem visitados.
Além de tudo isso, nada se iguala à beleza da Chapada dos Guimarães. Poucas vezes na vida senti-me tão extasiada com uma paisagem como a que pode ser vista do Penhasco ou do Mirante. Penso ser impossível não fazer altas reflexões influenciadas pela energia daquele lugar. Senti-me ao mesmo tempo minúscula diante da imensidão, mas imensa diante da Criação.
E, como sempre, um fator que fez a diferença foi o acolhimento das pessoas que fizeram de um simples curso, um momento a ser recordado com carinho.
Tudo isso somado significou mais um pontinho marcado no meu mapa dos desejos...