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Ano ruim para profecias

Mais uma vez Uberaba abriu os portões da sua exposição

João Gilberto Rodrigues da Cunha
Publicado em 07/05/2014 às 19:03Atualizado em 19/12/2022 às 07:53
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Mais uma vez Uberaba abriu os portões da sua exposição de agropecuária – ainda reconhecida a maior e mais importante deste nosso Brasil. Meu tempo de vida é longo, me permitiu assistir a muitas festas, acontecimentos de boas e más ocorrências. Penso que o mais importante da nossa exposição não está na qualidade e evolução do nosso gado zebu – isto já é de conhecimento que vai de geral a mundial. Entretanto, vi, assisti e até participei do que me parece ser ainda mais importante: o encontro dos criadores de toda variedade e geografia deste Brasil. Aqui nasceram extraordinários progressos na seleção e tratamento do gado zebu – em todas as raças – de certa forma honra e vaidade para a ABCZ e Uberaba. Entretanto, e para mim, o grande e repetido acontecimento está na repetição seletiva da raça mais importante – a raça humana. As nossas exposições são lidas e vividas no território brasileiro, dentro, fora e além do gado e da pista – a maior espécie brasileira, a mais necessitada, é da nossa humanidade, que por aqui desfila, opina, bate palmas ou vaias, porque o desfile importante é do nosso povo. De passagem, sem pretensões de adivinho ou de profeta, senti nesta inauguração algumas demonstrações curiosas. Uma, que era aguardada pelo Brasil: o que seria a presença e manifestação da presidente Dilma entre nós, longe das capitais e desastres da beira-mar, dos negócios frustrados, das nuvens novas e enegrecidas em sua política. Isto me parece a nossa história – termômetro do Brasil em sua população produtora. Sem consultas de grupos e comportamentos políticos, uma coisa achei que ficou clara: o povo – povão ainda não sabe em quem votar, o que vai fazer e acontecer. No ano passado a massa popular estava encantada, alegria e expectativa de um Brasil sensacional. Palmas aos montes, até lágrimas de alegria e esperança. Este ano o clima foi frio, ansioso, esperando o anúncio do Poder resolvendo as barbaridades que estão acontecendo e de indiciada responsabilidade governamental. Éh, no meu estilo sertanejo da nossa população rural, parece-me que o cavalo que montamos empacou na beira do córrego. Não sabe se refuga e pula pra trás, ou se assusta e pula pra frente. O que vai acontecer, meu irmão? Só vejo uma confiança: Deus é brasileiro, rezemos nós todos.

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