As equipes de F-1 continuam os lançamentos de carros 2009. Renault e Williams apresentaram seus modelos na segunda-feira, 19, no novíssimo autódromo de Algarve, ao sul da terra lusitana...
As equipes de F-1 continuam os lançamentos de carros 2009. Renault e Williams apresentaram seus modelos na segunda-feira, 19, no novíssimo autódromo de Algarve, ao sul da terra lusitana. O modelo da Renault está com um novo layout nas cores. O amarelo agora é acompanhado do branco e de detalhes em vermelho. Os treinos, tanto de Portugal quanto da Ferrari na Itália e da BMW na Espanha, têm sido atrapalhados pela chuva. A Ferrari acertou em não ir para Portugal, mas errou em ficar na Itália, pois São Pedro não está dando trégua na Europa. E esses treinos são de suma importância para todos, pois, para quem ainda não sabe, os testes no meio da temporada estão proibidos. A ordem é não perder tempo na pré-temporada e andar o máximo possível. Já no lado negro da categoria, as farpas, via imprensa, entre Montezemollo e Verme Ecclestone foram duramente criticadas por Flavio (Maliatore) Briatore. E, por incrível que pareça, Maliatore está certo. Mas Montezemollo também está certo ao exigir uma divisão mais justa dos lucros na categoria. Depois de muitos dias nas piores condições, a turma do Dakar encerrou suas atividades. Esse é o grande raid do planeta. Apesar de mudar de região, as dificuldades não diminuíram para os participantes. Na verdade, pioraram. Aparentemente, no intuito de demonstrar que o rali disputado fora da África poderia ser mais fácil, os organizadores pecaram no decorrer da disputa. A primeira semana foi algo quase impossível para os pilotos privados. Foram cometidos erros primários. A organização contratou uma equipe sul-americana para dar suporte ao esquema todo e foi aí que aconteceram as maiores falhas. Aparentemente, quem fez as planilhas percorreu o traçado no inverno e não pensou que, no verão, tudo seria diferente. Como exemplo, citamos as condições das dunas no deserto. Logo pela manhã, as dunas são duras e suportam um bom tráfico de veículos. No entanto, no decorrer do dia, ao passo que o sol vai esquentado as areias, tudo fica diferente. As condições de tráfego vão se tornando difíceis devido ao calor. No segundo dia da disputa, teve um trecho de areia mole, que sempre foi o pesadelo dos participantes. Já nas terras castelhanas, o fenômeno foi pior que o africano e, assim, grande parte da caravana passou a noite no deserto à espera de resgate. Nada foi pior que a falta de estrutura, na verdade, de experiência, onde foram cometidos erros infantis, como no caso do motociclista francês que morreu num domingo e só foi achado na noite de terça-feira seguinte. Todos os participantes do raid têm um sinalizador de emergência, que é acionado via satélite, mas, para azar dos inexperientes assessores sul-americanos da organização, eles se enganaram, pois o irmão do piloto acidentado participava do rali e possui as mesmas iniciais do nome e sobrenome. Ele estava no acampamento no domingo, no final do dia, e acharam que era apenas um erro do sistema ou de digitação. Pior ainda foram os erros de planilha, que tiraram muitos competidores da disputa. Quem não saía por acidente começou a abandonar pela falta de informações precisas. Foi assim que o líder da categoria carros, Carlos Sainz, saiu prejudicado na disputa. Sua planilha, como a dos demais competidores, não demonstrava um vale de uns cinco metros no trajeto e o espanhol se deu mal ao saltar no vazio, onde simplesmente deveria ter solo, como indicava a planilha. O acidente de Sainz ajudou outros competidores a não cometerem o mesmo erro. Mancadas à parte, este Dakar foi um dos mais difíceis já disputados. E essa dificuldade toda foi mais fruto da inexperiência de quem fez a planilha do que do rali em si. As primeiras edições desse raid eram feitas na navegação pura, pois ainda não dispúnhamos de GPS. Assim como em outras modalidades do automobilismo de que foi pioneiro, o que se via era um misto de coragem e conhecimento, com carros, motos e caminhões que não estavam preparados para a aventura que viria. Nas motos, o vencedor, para quem ainda não sabe, foi o espanhol Marc Comá, esta foi sua segunda vitória no Dakar e uma das raras vezes em que o piloto liderou desde o primeiro dia a classificação geral das duas rodas. Como já disse antes, a primeira semana foi extremamente difícil e Comá contou com o azar de Cyril Despres. Na segunda fase, Comá apenas seguiu o francês, que acabou em terceiro, mas sempre foi o homem que achava o caminho certo quando todos estavam totalmente perdidos. Seu problema foram os inúmeros contratempos, com panes e pequenas falhas mecânicas. Nas quatro rodas, depois do acidente de Sainz, quem se deu bem foi o sul-africano Giniel de Villiers, aquele que venceu o Rali dos Sertões 2008. Villiers conseguiu o feito para a equipe VW depois da tentativa de cinco anos. O bicho-papão do Dakar, a Mitsubishi, conseguiu apenas o décimo lugar, situação que era mais ou menos esperada pela equipe, depois que decidiu competir com motores diesel. Mas não se enganem, pois eles logo estarão brigando pela vitória e com os motores TDI. O interessante da categoria carros foi o terceiro lugar de Robby Gordan. (sim, é aquele mesmo que anda na Nascar). Gordan venceu na categoria 4x2, pilotando uma coisa que parecia ser um Hammer, mas de Hammer tinha apenas uma leve lembrança, pela carenagem usada. Na realidade, era um protótipo usado numa categoria de travessia de deserto nos EUA. Robby Gordan é um piloto polivalente, daqueles que não se veem mais nos dias de hoje. Não tem categoria para Robby. Se tem motor e quatro rodas, ele estará lá. Não importa o tipo de piso ou potência, o que ele gosta é de acelerar. Uma ótima semana a todos!