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A Minnie e a Missy

Ana Maria Leal Salvador Vilanova
AnaMariaLSVilanova@gmail.com
Publicado em 25/07/2023 às 18:25Atualizado em 26/07/2023 às 15:12
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Depois que se acostuma a compartilhar a vida com um, ou mais gatos, é difícil voltar atrás. Desfrutar da companhia felina é um privilégio, uma aprendizagem, um prazer e uma missão.

A Missy nos abençoou com sua presença por muitos anos. Era uma persa gálica, meiga, calma e carinhosa. Desde filhotinha, acostumou-se com colo, assim, era esse seu lugar preferido na casa.

Foi de uma lealdade inacreditável durante enfermidade grave do seu tutor. “Cuidava” dele como podia, não o deixava sair da sua vista, fazia-lhe companhia o dia todo, até no banho! Mantinha-se por perto nas horas mais difíceis, fornecendo o seu ronronar para combater dores muito reais. E até funcionava!

Depois que a Missy partiu, foi necessário um tempo sem gatos; assim funciona o luto. A sensação de que aquele lugar era dela, não poderia haver outro bicho. Mas, afinal, sempre há espaço para amar mais gatos.

Chegou a Minnie, uma gata sem raça, toda preta, belíssima. Muito magrinha, comia esganadamente a princípio, talvez pra compensar a fome que passou por ser uma gatinha pequena, num grande abrigo. Não havia comida para todos, nem todos os dias.

Foi um tempo até se acostumar com a ideia de que fome, não mais. O toque humano, de início, custava-lhe. Mas passou. Agora é elegante, escolhe o que comer, não quer qualquer coisa.

E o seu lugarzinho de descanso é, bem ao estilo felino, em cima da tutora, pelo menos no inverno. É só chegar a hora de dormir, ela “liga o motorzinho” do ronrom e se acomoda. Não há coisa melhor.

Agora Minnie está doente. Perdeu muito peso, não comia bem, estava claro que havia algum problema. Uma visita ao veterinário e, muitos exames depois, confirmado. Algo se passa.

O prognóstico é bom. Só que há muito remédio para tomar e a alimentação tem que ser reforçada; ela precisa se fortalecer. Só quer coisa gostosa e está mais exigente do que nunca. É hilária essa gata.

Cuidar dela é o mínimo que podemos fazer. Seria nossa obrigação como tutores responsáveis, mas é um exercício de gratidão por toda a dedicação cuidando de nós por tantos anos.

Ana Maria Leal Salvador Vilanova
Engenheira civil, cinéfila, ailurófila e adepta da caminhada nórdica
AnaMariaLSVilanova@gmail.com

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