Estamos preparados para a avalanche de Carmen Miranda que está por vir? Neste 5 de agosto de 2025, faz 70 anos que morreu a Pequena Notável, a “Brazilian Bombshell”, brasileiríssima nascida na pequena Marco de Canavezes, em Portugal, e consagrada mundialmente no panteão da música nos Estados Unidos.
A partir de 1º de janeiro de 2026, sua obra no Brasil entra em domínio público. É verdade que hoje as coisas estão bem mais difusas e já é possível ver, no YouTube, Instagram e em outras plataformas muito do que ela fez, entretanto, ainda assim, é expectável que a divulgação aumente.
Quem viu a fama crescente dessa artista e viveu os anos em que ela explodiu no hemisfério norte nunca teve dúvidas. Entre todos os artistas brasileiros, ela é o maior sucesso no exterior, em todos os tempos, sem comparação. Quem não viu é só perguntar aos pais ou avós.
Com um estilo original e único, porém imitadíssimo, houve uma época em que ela era inescapável. Todos queriam mais Carmen e ela correspondia. Fez muitos filmes e shows, lançou discos e moda em ritmo absurdo, o que, entre muitos fatores, pode lhe ter custado a vida.
Sua última aparição foi na véspera do enfarte que a matou, no show do comediante Jimmy Durante. Depois de uma energética dança no palco, ela quase colapsa, cai suavemente de joelhos, levanta-se com ajuda do parceiro e diz que lhe falta ar, mas segue o roteiro, profissional até o fim. Poucas horas mais tarde, sozinha em seu quarto, durante a noite, o coração vai parar de vez.
Contam-se dela histórias muito similares a outros gênios, como Frank Sinatra, Ella Fitzgerald e Maria Callas, cada qual no seu estilo, que entravam no estúdio para gravar apenas mais uma música e entregavam obras-primas, no que parecia pouco esforço, contudo era talento em excesso, combinado com muita disciplina e milhares de horas de prática.
Os últimos anos de Carmen foram complicados, lidando com a fama oscilante e complicações na vida pessoal. O Brasil, que a conhecia tão bem, correu para lhe prestar a última homenagem, quando estimadas 100.000 pessoas acompanharam o seu funeral no Rio de Janeiro. Agora é tempo de uma nova geração descobrir a Pequena Notável.
NÃO é advogada e este artigo não constitui conselho legal, de nenhuma forma
AnaMariaLSVilanova@gmail.com