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Saídas

Ana Maria Leal Salvador Vilanova
Publicado em 08/05/2023 às 20:19
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Sugestão útil para quem viaja muito: procurar aprender como se diz, e se escreve, “saída” no idioma local. Saber essa informação, provavelmente, não será necessário, mas, se for, pode ser caso de vida ou morte.

Em alguns casos é fácil, seja pela similaridade ou familiaridade do idioma. Assim, estando em Espanha, é fácil perguntar pela “salida”. Mesmo em inglês, certamente já vimos em muitos lugares a sinalização “exit”.

Mas o que acontece quando vamos à Turquia, ou à Ucrânia? Custa-nos um tantinho mais aprender e o símbolo não passa da nossa memória curta. Pouco tempo depois da viagem, já é difícil lembrar; nem tem mais importância.

E na Grécia? Mesmo problema. Quando se vê o sinal sobre uma porta, pela posição, cores e layout geral, intuímos que seja ali, mas as letras não nos dizem nada. Até começa bem; aquilo é, definitivamente, um “E”; depois, ali pelo meio, algo que parece um triângulo, e no fim é um sinal de somatório? Esses gregos têm senso de humor. Quando perguntamos como se pronuncia, tudo faz sentido: “êxodos”.

Junto com a confirmação de que, em caso de emergência, é ali a saída para a salvação, vêm à memória eventos antigos da história da humanidade. Um período tão importante que mereceu um livro inteiro no Livro dos Livros, história recontada por muitos meios e relembrada por crentes e não-crentes até hoje.

Dá uma dimensão dos apertos atuais, sejam quais forem. Embora pareça muito tempo quando se está no meio do perrengue, não é nada novo, nada mesmo. Perseguição, povo escravizado, subjugado, maltratado de todo jeito é o que mais se viu na história da humanidade. Uma e outra vez, os malvados de plantão encontram seu destino, nesta ou noutra vida. A saída está logo ali, e vai chegar.

Por agora, na mesma viagem confirma-se que os gregos, de fato, comem arroz “à grega” e espetinho grego. Pelo menos era o que estava disponível no refeitório da fábrica. Tudo delicioso, aliás.

Enquanto buscamos a saída, é viver um dia de cada vez, que a resolução disso tudo vai nos encontrar trabalhando.

Ana Maria Leal Salvador Vilanova
Engenheira civil, cinéfila, ailurófila e adepta da caminhada nórdica
AnaMariaLSVilanova@gmail.com

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