Há outros filmes em cartaz, mas o público só tem olhos para o “Super-Homem”! Lá vão todos para o cinema, para ver a história do “homem de aço”, o alienígena de Kripton, carismático e amigo, além de bonitão. Estamos em 1978, ano em que Richard Donner nos trouxe “Super-Homem, o filme”.
Estrelado pelo relativamente desconhecido Christopher Reeves, no papel da sua vida, a promessa era de que o filme faria a plateia crer que um homem poderia voar. Cumpriu, e como! Os efeitos especiais ainda hoje se aguentam.
Reeves tinha o “physique du rôle”, a aparência ideal para o papel, desde o físico atlético até o formato do rosto absurdamente parecido com os quadrinhos que o precederam e o originaram. Também lhe sobrava talento, e ele encarnou o super-herói com a dose certa de virilidade e charme, decidido na hora do perigo, meio pateta quando disfarçado.
Já era quase bom demais para ser verdade, quando, dois anos depois, da mesma fonte, veio “Super-Homem II”, uma continuação que era quase uma segunda parte do primeiro filme, e ainda melhor.
Um trio de conterrâneos de Kripton chega à Terra para causar geral. Querem mandar no mundo todo, nada menos. De fato, vão com tudo contra nosso super, com quem se igualam em poder e superam em número. General Zod, Ursa e Non eram criminosos condenados; são três contra um, lutando nos céus e colocando em risco todos à volta.
Além de bem-feito, com roteiro bem-costurado, o filme coloca um vilão à altura do mocinho. Terence Stamp é o General Zod, líder da turma do mal, implacável, exigindo que todos se ajoelhassem diante dele. Valeu-lhe uma premiação como “vilão do ano” pelo desempenho.
Foi esse Terence Stamp que nos deixou a 17 de agosto deste ano de 2025. Merecidamente reconhecido por dezenas de papéis de sucesso, para aquela geração sempre será Zod, o General caído.
É possível apreciar todas as versões do maior herói da DC e manter-se firme na posição de que este é o melhor filme do Super-Homem, com suas partes I e II. O Duelo entre Reeves e Stamp subiu o sarrafo dos filmes de herói e abriu a fila que continua até hoje. Reeves já se foi há algum tempo, Stamp partiu agora. Que descansem em paz enquanto seguem vivos na memória nos duelos inesquecíveis.