Uma brincadeira americana, meio engraçada, meio séria, é tentar identificar quem você levaria num eventual apocalipse. A ideia é formar uma equipe de pessoas com habilidades excepcionais, que contribuiriam para a sobrevivência da humanidade. Que perfil procurar?
Há quem passe pela vida a trabalho, há que flutue por aí quase de férias, fazendo uns mínimos para não dizer que não fez nada. E há quem se exceda e lance sua influência muito além das fronteiras habituais.
Facílimo falar em civilização quando os básicos estão garantidos, cada qual na sua casa, cama quentinha, comida na mesa. Ninguém pensa que vai ao mercado e não vai encontrar tudo e mais um pouco. Além do necessário, o que tem vontade, só porque sim, para as próximas refeições.
Além de satisfeitos no essencial, estamos é mimados com tantas opções disponíveis, para todos os gostos e tempos. Entre muitos fatores, o desenvolvimento da agricultura nos permite esse luxo.
Parece básico, mas é porque muita gente trabalhou e trabalha para isso. Não apenas muito estudo foi feito e tecnologias, desenvolvidas, entretanto, foi necessário liderança, para orientar tudo, e capacidade de gestão, para direcionar os esforços. E manter tudo isso funcionando por muito tempo, num aperfeiçoamento contínuo. É trabalho que não acaba mais.
Até quem entende muito pouco de agricultura consegue captar como o mundo seria muito diferente se o Brasil não tivesse o agro que tem. Não apenas estamos tranquilos quanto à comida à nossa disposição, contudo a indústria do campo gira a economia do país. Gratidão imensa a todos os que garantem o prato nosso de cada dia. Orgulho desse povo!
Uma escolha fácil para uma equipe do fim do mundo seria um brasileiro que, agora, se foi, o mineiro Alysson Paolinelli, craque do agro.
Recentemente comentado em nível nacional pelas indicações ao Nobel da Paz de 2021 e 2022, nem é o caso de se aborrecer porque a lista dos indicados não se concretizou em premiações. Ele foi maior.
Infelizmente, não está mais disponível por aqui para integrar o time, porém fica o reconhecimento pelo valor incomensurável que trouxe ao planeta. Milhões, com seus pratos cheios, agradecem.
Ana Maria Leal Salvador Vilanova
Engenheira civil, cinéfila, ailurófila e adepta da caminhada nórdica
AnaMariaLSVilanova@gmail.com