A princesa sumiu

Pleno século XXI e o mundo, mais precisamente a internet, parou para debater o sumiço da princesa. Kate Middleton, esposa do príncipe herdeiro da coroa britânica, está ausente. Há três meses compareceu a seu último evento público, com a habitual graça e elegância. E não é força de expressão, a mulher está sempre impecável.

Depois disso, outros compromissos foram desmarcados e a explicação oficial é que ela passou por uma cirurgia abdominal planejada. Também foi informada a futura data para o retorno, então não deveria haver nenhum motivo para tanta emoção. É só esperar mais um pouco, ela já volta.

Mas, se qualquer celebridade média já desperta curiosidade, a vida e os afazeres da realeza não podem passar sem um tratamento meticuloso. Quando ela entrou no hospital? Quando saiu? Como ninguém viu?

Para complicar, a própria divulgou uma foto muito fofa, com seus três filhos, só para adensar o enredo. A foto era, claramente, manipulada. No fim, a própria Kate (será ela mesmo?) postou uma nota dizendo que o esforço malsucedido em trabalhar a imagem era dela própria, apenas um erro.

Depois, ela apareceu mais duas vezes, mas não se vê bem seu rosto, fora o resto da análise. Nem crimes hediondos têm tantos especialistas analisando a posição do sol, as sombras, a profundidade e o padrão dos muros ao redor.

Seria o caso de pensar que bastaria uma breve aparição “ao vivo” para dissipar tudo isso. Dois minutos, não mais, dizendo apenas “sou eu mesma” e talvez um “deixem-me em paz”. Quem é que quer essa atenção enquanto está se recuperando, seja lá do que for?

Mas não funciona assim, pelo menos na antiquíssima linguagem real. A explicação já foi dada, não há fato novo, nada se comenta. Tudo indica que algo muito sério e incomum se passa, mas, no momento, está sendo tratado em privado, até que chegue o momento certo de vir cá para fora. E o Palácio já avisou que o momento está chegando, vai divulgar notícias em breve. A ver.

Em tempos em que aspirantes a celebridade desconhecem o conceito de intimidade, esta forma de lidar com assuntos complicados é quase alienígena. É apenas o caso de esperar que tudo termine bem.

 Ana Salvador