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A cabeça do Diabo

Ani e Iná
Publicado em 28/04/2022 às 22:20Atualizado em 18/12/2022 às 23:07
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Segundo Cousté, em sua Biografia do Diabo, o próprio pode ter vários nomes, dentre os tais destaca: “Diabo (de origem grega e significa acusador, caluniador), Satã (de tradição hebraica, que equivale a inimigo, adversário)” e, mais adiante, “Demônio”.

No Brasil, há diversos apelidos, com Maligno, Tinhoso, Coisa-Ruim, Capeta...

Quando Dante Alighieri escreveu A Divina Comédia, um poema monumental que nos inspira até os dias de hoje, descreveu em sua obra a jornada de um peregrino pelos três reinos da vida após a morte cristã: Inferno, Purgatório e Paraíso.

No Inferno, de Dante, a primeira ideia que se pode ter do local é de que vamos nos defrontar logo de início com uma multidão de diabos, seres munidos de chifres, asas de morcego e cauda com ferrão, que as ilustrações incalcaram na nossa imaginação ocidental.

“O Diabo não é uma existência, mas a ausência de Deus” (São Francisco de Assis).

Afinal, o Tinhoso existe? O Diabo não quer que acreditemos nele, porque ele quer circular livremente, segundo padre José Augusto (14/10/20).

Convivemos com muitos diabinhos durante toda a nossa vida. Um deles apareceu quando tínhamos apenas 9 anos. O “dito-cujo” sempre nos surpreendia para nos atormentar e amedrontar.

Sabininho era o nome do “coisinha-ruim” que nos esperava na entrada e saída da escola. Além disso, rondava a nossa casa, ficava a observar de quando em quando, enquanto passeávamos pelas praças. Não que ele fosse feio. Era um menino de 12 anos bem bonitinho, mas a sensação de sermos perseguidas nos assustava.

Um dia, ele surgiu de repente atrás de uma árvore e deu um beijo em uma de nós e falou: “Beijei uma, depois vou beijar a outra”. E correu. A raiva tomou conta e ficamos a semana toda armando um plano de como “pegar o endiabrado”. Foi surpresa!!! Uma segurou forte e a outra bateu muito. Sabininho ficou tão assustado que não reagiu aos socos, pontapés, puxões de cabelo, tudo que merecia. O “capetinha” correu e não olhou para trás.

Depois foi em Goiás... Parece até mentira, mas conhecemos um homem que tratava o “bichinho feio” engarrafado, que atendia pelo nome de Cramulhão.

O Mal está solto! Guerras, epidemias, enchentes, assassinatos, brigas familiares... Quantas cabeças o Diabo está tomando?

O que devemos fazer para nos livrarmos do Maligno?

São Francisco de Assis afirmava: “A alegria exorciza demônios”.

Amém!...

Dois beijos

Ani e Iná

aninauberaba@gmail.com

gemeasanina@hotmail.com

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