É uma delícia transmitir tradições de geração a geração. Quando a tradição é boa mesmo, não se perde ao longo dos anos. Uberaba, uma cidade de tradição! Exemplos dessa herança histórica são nossas festas filantrópicas: as famosas festas juninas na Igreja São Domingos, Igreja Catedral, Medalha Milagrosa, Festa de Nossa Senhora da Abadia e outras; os bazares da OASIS, da APAE, etc.; além das feijoadas, galinhadas, vaca atolada, boi no rolete – todas com muito sucesso, resultado da solidariedade do povo que ajuda, colabora e marca presença, superando todas as expectativas.
Qualquer que seja a festa de filantropia – seja no fundo de um quintal, seja em um galpão, igreja ou pracinha –, lá encontramos as pessoas em um corre-corre, numa sintonia e entusiasmo contagiantes, para a promoção da festa.
Como podem trabalhar tanto? De onde vem esta força? Quem são estas pessoas que trabalham tanto e com um sorriso de amor?
OS VOLUNTÁRIOS!
Quem são eles? Que força estranha movem estas frágeis criaturas, muitas vezes idosos, outras vezes tão jovens? Um chamado especial de Deus? O amor ao próximo? Uma missão?
São nestas festas que encontramos estes Anjos. Deixam o conforto de suas casas para se dedicar ao próximo. As dores no corpo e o cansaço estão iminentes, mas a alma está forte e sã.
Começam cedo, um trabalho coletivo feito com amor e com muito capricho. Na cozinha, toda aquela tradição, mineirice, de uma receita caseira. Na decoração, o brilho de uma decoradora anônima se acende na beleza do amor e da dedicação. Todos trabalham sorrindo e esbanjando o charme do afeto.
Médicos de renome deixam seus consultórios de luxo para dedicar parte de suas vidas em missões, num chamado muitas vezes transcultural.
Quem são estas pessoas que muitas vezes vão para o sertão, para as regiões ribeirinhas do Amazonas, outras vezes realizam este trabalho no seu bairro, na sua igreja, nesta simples felicidade?
Festas que marcam grandes momentos com um brinde especial à solidariedade!
Ser voluntário é arregaçar as mangas e partir para a luta! Sem ganhar nenhuma remuneração! Esta é a questã a busca de si próprio, uma vida solidária e, por isso, infinitamente mais rica.
"Foi no voluntariado que repensei e enxerguei minha vida.”
A festa acabou, mas a emoção não. Agora é pagar as contas e saborear a imensa alegria que toma conta de todos os voluntários.
Obrigada, amigos, pela colaboração! Sem vocês não poderíamos continuar... Novas festas... Novas contas a pagar!
E assim se perpetuam as belas tradições, a solidariedade dos voluntários e a alegria do povo!
Dois beijos...