ARTICULISTAS

Amor traiçoeiro

Iná e Ani
Publicado em 26/10/2024 às 17:50
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Todos nós temos nossas drogas para conseguirmos sobreviver neste mundo de sobressaltos. Muitas vezes os “vícios” são mecanismos de fuga que nos proporcionam uma satisfação imediata. Muitos acham que só a maconha, o fumo e a bebida alcoólica são as drogas do mundo. Existem drogas disfarçadas como a que eu e Ani jamais conseguimos nos livrar, o açúcar. A parte mais perturbadora é que, mesmo com o conhecimento de que podem nos destruir, não conseguimos nos libertar e continuamos a jogar nossa vida no lixo.

Esses laços com os doces vêm desde a infância. Era como um ritual que nos acompanhava por toda a existência. A relação começou como algo inocente, trocando garrafas do quintal de vovó em Araguari. Lavávamos uma por uma, colocávamos em uma cesta e corríamos para a vitrine mais linda do mundo, a de doces de seu Aristides. Essa vitrine ficou enraizada em nossa memória afetiva e nosso corpo não ganhou peso talvez pelo DNA.

Lembranças de adultas frequentando casamentos e festas espetaculares, em que ficávamos nos drinks e tira-gosto, o jantar era esquecido, à espera dos doces, sem nos preocuparmos com as consequências.

Se pararmos para refletir, muitos dos vícios que nos cercam podem ser tão prejudiciais quanto as substâncias que consideramos “drogas”.           

Quem usa a razão em frente a uma travessa com torresmo e mandioca? E aquele famoso pastel com queijo derretendo e a crocância que um óleo já bem usado pode dar? Um verdadeiro prejuízo para o colesterol e o sistema cardiovascular.

E os jogos de azar e de baralho arruinando financeiramente pessoas do bem? Para completar, nos dias de hoje temos os jogos on-line, crianças com celular, fanáticos no prazer do “Tigrinho”, e muito mais, oferecendo no início dinheiro de graça e depois, na ânsia de quererem mais, vêm prejuízos incalculáveis nos bolsos dos pais. Ao atingir os nossos filhos ou netos, não mais conseguimos evitar o mal depois que se tornam dependentes.  

         Na lista das drogas lícitas, como prêmio de consolação, temos os antidepressivos, identificados como as “pílulas da felicidade”, que não passam de amortecedores de preocupações e que, na verdade, atingem a saúde mental.

Temos que ter equilíbrio e fazer escolhas saudáveis para nos livrarmos das drogas lícitas, que são inúmeras, e vêm como “refrigério” por meio do consumismo, miséria, alimentos processados, fofocas, sedentarismo, busca incessante pelo poder. Vamos fazer abstinência dessas “drogas nocivas” e trocá-las por hábitos sadios, que são prazerosos e inúmeros. Fácil?! Reconheça sua dependência e adote uma atitude de escape.

Ao reconhecermos esses “vícios” do dia a dia, podemos tomar decisões mais conscientes e benéficas para nossa saúde física e mental. Como diz o provérbio, “é sempre melhor prevenir do que remediar”. Vamos cortar o mal pela raiz, antes que nos tornemos dependentes compulsivos.   

Dois beijos...

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