ARTICULISTAS

Colorir a vida

Iná e Ani
Publicado em 01/06/2024 às 18:24
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O bom humor é contagiante. Como é bom estar com amigas que conseguem rir de si mesmas ao contar passagens de seus próprios “deslizes”! Erros e mal-entendidos fazem parte da interação humana. O mais importante é como lidar com eles. As pessoas que se abrem com as suas “mancadas” na vida trazem leveza e alegria ao ambiente, tornando qualquer momento mais agradável. Rir de si mesmo demonstra grande autoconfiança e habilidade de ver as situações de descuido com um olhar positivo, o que é inspirador, fazendo com que todos à sua volta sorriam.

Quem nunca cometeu “gafes” homéricas, dignas de esconder a cabeça no chão, como avestruz? Com o tempo, acabamos rindo desses “fiascos”, ao contarmos essas situações em uma reunião de amigas. O humor é uma ferramenta poderosa, que traz alegria e conexão. Saber usá-la com sensibilidade e respeito é essencial para garantir que todos possam aproveitar os momentos de risada, sem desconforto.

Lembranças de certa vez que, ao conversar com a moça do caixa de um supermercado, lhe disse que deveria tirar licença, já que estava com gravidez avançada, o que poderia prejudicar sua saúde. Ela me disse, com olhar desafiador: “Não estou grávida. Sou gorda mesmo”. Outra confusão aconteceu quando vimos uma senhora com uma criança e exclamei: “Como é lindo seu netinho!”. Ela falou de imediato: “Não é meu neto, é meu filho”.

Erros e mal-entendidos fazem parte da interação humana, mas devemos ser mais cuidadosos em comentários e suposições. Numa festa de casamento, onde os presentes estavam dispostos na cama dos noivos, comentando com uma moça ao lado, eu disse: “Nossa, que presente de mau gosto!” Para minha surpresa, ela respondeu: “Fui eu que dei!” Cala a boca, Magda!

Situações embaraçosas acontecem com qualquer pessoa, portanto liguemos nosso “radar” e comentemos assuntos neutros. Muitos nem conhecem os grandes mestres do riso. Entre eles, destacam-se figuras de Mazzaropi, Oscarito, Grande Otelo, Nelson da Capetinga, Ronald Golias, Chico Anísio, Jô Soares e muito mais. Esses atores foram verdadeiros ícones, marcaram época com seu talento, colorindo nossas vidas com alegria.

Muitos dizem que fazer rir é ainda mais difícil que fazer chorar, exigindo uma habilidade especial para captar o timing e a entrega perfeita das piadas. Você conhece alguém que tem talento único para contar piadas? Começa devagar com um sorriso no rosto e logo todos estão rindo. Ele mesmo ri tanto que mal consegue terminar.

Lembro quando fomos cortejadas, ao mesmo tempo, por um garoto. Somente após um mês, descobrimos que namorávamos um só. Seu jeito elegante e bonito, seu humor, tinham chamado nossa atenção. Ao nos sentirmos traídas, arquitetamos um plano. Ele mal sabia que tinha mexido numa caixa de marimbondos.

Marcamos um encontro em um barzinho. Ao nos ver juntas, assustou-se. Pedimos para ele se sentar à nossa mesa. O garoto, com um sorriso nervoso, inocentemente nos disse: “Desculpem. Eu realmente aprecio as duas. Quis conhecer melhor cada uma de vocês, separadamente, para saber qual teria mais afinidade comigo”. Eu e Ani trocamos um olhar cúmplice e diabólico. Safado! Com um sorriso de Mona Lisa, levantei e deixei os dois conversando e, por trás, despejei uma Coca-Cola litro, terrivelmente gelada, na sua cabeça. Ao se levantar, foi garrafada com o restante do conteúdo. Ele saiu correndo. Imagino que, quem presenciou essa cena nunca mais se esqueceu. Certamente, o “don Juanista” nunca mais tentou cortejar gêmeas. Essa foi a nossa vingança! É claro que a história do refrigerante se tornou uma das nossas favoritas para contar em reuniões entre amigas.

Saber contar casos engraçados é um ótimo exemplo de bom humor e une as pessoas. A habilidade de fazer outros rirem, e até de nós mesmos, é uma qualidade maravilhosa. Piadas de bêbados, loucos, padres, gordos, magros, baixinhos, carecas, caduquice, estão na boca de todos. Quem sabe contar ganha o jogo na roda.

Nunca é tarde para ajustar nosso senso de humor para sermos mais inclusivos e gentis. Afinal, rirmos juntos é uma das melhores partes da vida!

Dois beijos...

 Iná e Ani

gemeasanina@hotmail.com

Ocupa a cadeira nº 4 da Academia de Letras do Triângulo Mineiro


 

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