Continentes se unem

Você já está fazendo a contagem regressiva para a chegada dos Jogos Olímpicos? O evento ocorrerá em Paris, de 26 de julho a 11 de agosto de 2024. A participação dos atletas captura a essência do espírito olímpico, que une espectadores em uma celebração global de esporte e amizade.

Como em todas as edições, os outros símbolos olímpicos estarão presentes: a bandeira estampada com os anéis olímpicos, os cinco aros interligados representando os cinco continentes, a tocha, as medalhas, o hino que é tocado durante as cerimônias de abertura e encerramento. E a mascote? Diferentemente, este ano não será um animal ou criatura fictícia, mas sim um ideal, o “chapéu da liberdade, igualdade e fraternidade”, popularmente conhecido como chapéu francês, uma espécie de gorrinho vermelho. Pretendem, assim, encarnar a essência dos jogos e estimular a participação nessa celebração de esporte e cultura. Quem não gostaria de levar para casa o gorrinho vermelho, símbolo da liberdade?!

Outra inovação: a abertura não será realizada em um estádio, mas sim ao longo do rio Sena. Que cenário espetacular, comemorando o centenário dos Jogos Olímpicos! Esta é a sexta vez que a França sedia as Olimpíadas.                               

A visão da Bandeira brasileira, verde e amarela, entre tantas outras, é um símbolo que nos deixa com os olhos lacrimejantes e nos emociona perante nosso patriotismo, unidade e conquistas! Qual atleta não quer estar brilhando nas Olimpíadas em Paris?! Os melhores estarão lá, em busca das medalhas de ouro, prata e bronze.

Lembranças!... Eu e Ani, como atletas da natação, em época de competição na região de Uberaba, sofríamos pressão para sairmos bem diante dos adversários. O nervosismo e a ansiedade tinham que ser bem canalizados. Recordo perfeitamente dos treinos, durante várias horas, que exigiam o máximo de desempenho físico e técnico. Nesses momentos, até a alimentação era controlada. O que mais pesava era a expectativa dos treinadores, que não aceitavam derrotas. O foco era trazer as medalhas, o prêmio.

Graças à nossa parceria, eu e Ani, acordando às sete horas e pulando na piscina fria do Uberaba Tênis Club, ou Associação Esportiva, enfrentávamos os desafios! Talvez essa foi nossa maior lição de vida, o que nos levou a ter liberdade, determinação e coragem. As medalhas ficaram guardadas, mas na mente ficou a garra, a prática, para buscar nossos sonhos. Fácil? Não. Atletas precisam ter disciplina, foco e paixão pelo esporte que praticam.

Em competições anteriores, atletas citaram problemas de saúde mental durante a preparação, justificando enormes ondas de ansiedade e longos surtos de depressão.

Verdade seja dita, participar de Olimpíada não é um mar de rosas. Atletas sofrem muita pressão pela vitória e desconforto nas longas coletivas de imprensa depois dos jogos.

Este é um grandioso evento mundial para aplaudirmos os atletas e nos unirmos ao espírito olímpico, celebrando a diversidade e a amizade que os jogos proporcionam.

Dois beijos...

 Iná e Ani

gemeasanina@hotmail.com

Ocupa a cadeira nº 4 da Academia de Letras do Triângulo Mineiro.