"Não viva de sonhos, mas tenha um."
Sonhar acordado é uma sensação gostosa de viver no imaginário, uma das melhores maneiras de redescobrir uma música, de viver uma paixão antiga, de sonhar com fatos que passaram ou que virão. Simplesmente, devanear...
Quando éramos crianças, tínhamos um sonh chegarem as férias e ir para Araguari. Lá, transgredíamos, nos deliciávamos com aquelas comilanças, cheias de gostosuras, temperadas de afeto, carinho e amor. Pé na terra, brincadeiras no quintal. Que sonho!
Depois sonhamos com uma bicicleta. Um belo dia ela chegou! Sem ter a menor ideia do perigo, corríamos como um cavalo a galope sem saber o que sobraria de nós. Que sonho!
Sonhar não tem limites. Sendo possíveis ou impossíveis, nos fazem infinitos.
Tínhamos um grande sonh reunir toda a família. Impossível! Há gente que mora até fora do país!
Na canção Prelúdio, de Raul Seixas: "Sonho que se sonha só é só um sonho que se sonha só, mas sonho que se sonha junto é realidade".
Abraçamos esse sonho. Foi possível! E aconteceu! É verdade! Sonhar junto dá força! E vem com intensidade! Clima festivo! Todos na roda! A família cresceu: bebês, primos novos, primos idosos, primos bonitos, primos acima do peso, primos maluquetes, primos papo cabeça. Tudo em um único dia!... Família eclética! Disso tivemos a certeza. Chic! Chic! Clima descolado! Cenário ímpar! Que sonho!
Como sonham os poetas! Vão da morte ao amor ou vêm da literatura à própria sanidade! Sonham com o amor, com a saudade, com a paixão, com um amor puro e verdadeiro… Que sonho!
Alguns sonham com a fama e o dinheiro! Sonhos perigosos, pois quando se realizam podem virar pesadelo, tornando essas pessoas tristes e raivosas.
O sonho de consumo... aquela viagem... o carro novo... o vestido maravilhoso... aquele sapato... Pequenos sonhos que nos animam e nos motivam na busca da realização desses objetivos. Mas... e os sonhos da alma?
Aprendemos que a pobreza não pode tirar o direito de sonhar. Sonhamos com dias melhores. Que a injustiça, a estupidez, a ignorância, as aves de rapina que deterioram este país não nos tirem o direito de sonhar.
Sonhamos com uma cidade onde não existe o analfabetismo, as crianças são bem alimentadas e as mães trabalham! Um lugar que mais parece um santuário, jardins, um oásis de tranquilidade, mas com um viver intenso. Que sonho!
Abandonar nossos sonhos é como apagar a vela que ilumina a casa.
Dois beijos...