Sempre considerei o mês de março, pelas belas datas que o enfeitam: o Dia da Mulher, coroado de festejos de grandes lembranças. Acrescento a ele, além do aniversário de 203 anos da nossa Uberaba boa, a data bastante significativa nos anais da História educacional!
Este ano, o importante Colégio Jean Christophe comemorou cinquenta e cinco anos de atividades pedagógicas, onde a grande “Casa – Mãe” agigantou-se em atributos riquíssimos, orgulho de nossa Uberaba.
Honrada pelo convite da diretora, Célia Lima Peres, a “ tia” das crianças que lá estudam, fora eu rever o Colégio. Ao adentrar, grande maquete de bolo de três andares com luzes internas iluminava a data e era encimada por três balões multicolores, motivante símbolo do Colégio, a ostentarem as iniciais J.C.
Era noite de festa com banquete, presença de garçons atentos servindo ao grande corpo docente e aos convidados. Célia, gentilmente, a tudo assistia, do porteiro ao motorista, a participarem do requintado ágape, terminando com delicioso sorvete de creme em calda achocolatada, apurando o paladar.
Confesso que, depois de dezenas de anos, era como se voltasse ao meu tempo de professora de música no encontro de querido grupo que lá conhecera e de belo número de novas mestras idealistas.
Surpresa, Célia apresentou-me autora do Hino à escola. E, a um só gesto, todos se levantaram fazendo coro, unindo-me ao “chamado sonoro”.
Vieram da querida diretora as palavras entusiasmadas, que me comoveram: “Como me identifico com esse Hino!”.
Confesso ser o magistério uma das profissões adequadas pelo motivante prêmio que tal travessia nos oferece. Cria laços profundos de alegrias inesquecíveis. Passamos a ser “tias”, segundo lar de escolares motivados de amor e “colo” na fonte do saber. Deixa na alma a magia de sonhos acolhedores. Doce recanto da idade viva, onde se transpira a eterna juventude. Na plenitude e formação de um Eu, na essência da verdade e construindo caminhos de cidadania a ungir alma e coração.
Espontâneos os versos e a melodia criados, quando Célia me solicitara “pra ontem” (...) a confecção do Hino do Colégio, nascido com dedicatória: Célia, diretora amiga,/neste espaço deste Colégio/Tão alto voei/Que o meu presente régio/Foi o de tê-las/Onde cheguei!
MARÇO/1988
“Eis o Jean Christophe/Onde aprendo a caminhar/Eis o Jean Christophe/Alma e corpo a transformar/Cada gesto, cada ação/Convida à reflexão/Transforma cada impulso/Em força, recriação/É o grito de um conscientizar/No processo do educar/Aqui no Jean Christophe há espaço pra voar/Aqui no Jean Christophe há espa...ço pra voar!”
Arahilda Gomes Alves
Vice-presidente da ALTM 3ª gestão