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O mais importante meio de comunicação

Arahilda Gomes Alves
Publicado em 18/07/2022 às 19:29Atualizado em 18/12/2022 às 20:49
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No mundo globalizado, ressaltando-se a tecnologia cada vez mais avançada, ainda é a voz o maior meio de comunicação em todas as áreas do conhecimento humano. Mas é preciso se conscientizar do seu uso, sob pena de transtornos, muitas vezes insanáveis. Ela é reflexo da personalidade. Cartão postal de apresentação na sociedade. Estação terminal das emoções.

Pastosas, se doentes; gritantes, se nervosos, enfim, formando círculo vicioso em que problemas psicológicos interferem no fisiológico e vice-versa.

Não é o falar demais que altera a voz saudável. É o falar fora de tessitura, registro médio onde a voz se acomoda sem provocar desgaste. A qualidade vocal depende das condições anatômicas.

Há vozes infantis e autoritárias, de tons monótonos e de tons suaves do afeto, de raiva e de ansiedade. A emoção “trai” a voz dependendo das variantes tímbricas, da velocidade, da inflexão, do volume, da tensão que se incorporam a ela, além das variantes do ritmo melódico da fase determinando a intenção do orador.

As características orgânicas e psicológicas em consonância com influências ambientais (na sociedade e no trabalho) interferem na emissão vocal tentando padronizá-la (veja os locutores da TV). Mas não se pode partir da imitação. Depende da estrutura da cabeça, da face e pescoço, onde se alojam as pregas vocais (PVs) e cartilagens nervosas (tamanho e espessura das PVs). Voz normal traz fala melódica, agradável, audível, coerente, clara e expressiva, influindo nos contatos sociais (profissionais e econômicos).

Há alterações na muda vocal (puberdade) tanto na voz masculina (pode descer até uma oitava de tom) como na feminina (desce de quatro a seis tons).

O falsete (voz timbre feminino) surge pela tensão (PVs esticadas com as fibras musculares vocais apoiadas sobre estas contrações). Para baixar o timbre, pressiona-se levemente a cartilagem da tireoide com o dedo polegar para baixo e para traz, descrevendo sonoramente escala descendente.

Outra técnica: flexionar o corpo da cintura para baixo até encostar as mãos no chão e vocalizar. Mais outra: braços estendidos em cruz, deixar cair naturalmente, sem forçar e vocalizar.

Vocalizar é escolher uma das vogais: “u” para vozes fortes e “i” para vozes frágeis, acrescentando-se uma consoante sonora: “b”, “m”.

Há vozes que, na maturidade, mantêm-se infantis porque não “aceitam” as responsabilidades que a vida adulta impõe, apegando-se inconscientemente ao timbre infantil. Mais um fator psicológico com efeito orgânico.

Voz rouca é a fraqueza da tonacidade muscular alterando o timbre. É a afonia. A disfonia é qualquer alteração da voz. Consequentemente, a cacofonia (voz defeituosa: voz fanhosa, etc.) é a antítese da california (voz perfeita: colocada na “máscara facial”).

Na frase axiomática de que o silêncio é de ouro, concluímos que, se o silêncio é de ouro, a voz é muito mais preciosa!

Homenagem ao Dia do Cantor, comemorado a 13 de julho.

Arahilda Gomes Alves

 

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