Livro que me reportou há décadas e curiosamente, passei a desfolhá-lo. Quem sabe, as máximas aqui apregoadas atravessam razão e coração, surtindo bons efeitos, mesmo em doses homeopáticas, no atingimento de boa massa de egoístas, ambiciosos, invejosos, falastrões...
O mundo vive às avessas. Nossos legisladores invertem as leis a seu bel-prazer. A caneta borra pensamentos antes sadios. A espada protege bandidos. As balas de armas achadas tornam-se perdidas nas favelas. O direito entorta-se como lâmina fria sangrando peito aberto dos verdadeiros heróis. Água e sabão transformados em grandes jatos, não mais lavam consciências da Suprema Corte, que há muito tornaram-se críticos da própria arte de julgar. Resvalam-se no chão encharcado da concupiscência, sempre aboletados no poder, que a tudo governa mirando-se nas togas intocáveis, invertendo valores.
Depois desse desdenhoso comentário, que estremece a razão, acordem com pensamentos levando à lenta e sadia reflexão. Ei-las:
SOMOS UM POVO, ISTO É, UM CONJUNTO DE CIDADÃOS, LIGADOS, NÃO APENAS POR INTERESSES MATERIAIS, MAS POR VALORES ÉTICOS E ESPIRITUAIS (Juscelino Kubitschek). A mão que nada oferece, nada pode receber (adágio popular). Prazer de fazer o bem é maior do que recebê-lo (Epicuro). Não levantes a espada sobre a cabeça de quem te pediu perdão (Machado de Assis). Não há juiz mais justo e mais severo do que o tempo (adágio popular). Há pessoas que falam mal de todos para inculcar que só elas prestam (Marquês de Maricá). Trata teus superiores sem lisonjas e teus subalternos sem desprezo (Confúcio). Dinheiro é como eletricidade: beneficia os prudentes, fulmina os insensatos (Dinamor). Quando nasceste, ao teu redor, todos riam, só tu choravas; faze por viver de tal modo, que à hora de tua morte, todos chorem, só tu rias (Confúcio).
Quem vive do passado, é museu (do para-choque de caminhão). Quem não vive para servir, não serve para viver (adágio popular). Os grandes valores só são compreendidos tardiamente ou postumamente (Nietzsche). A melhor pregação é a do bom exemplo (adágio popular). Falar mal dos outros é um modo desonesto de nos elogiarmos (Elza Yung). Respeita a ti mesmo e terás um caráter nobre (Pitágoras). A grandeza de um país não depende do tamanho do seu território, mas do caráter de seu povo (Colbert). Pequeno é aquele que odeia os grandes, grande é aquele que ama os pequenos (Terezinha de Jesus). Quando os que mandam perdem a vergonha, os que obedecem perdem o respeito (Cardeal de Retz).
Finalmente, os lemas sempre otimistas: Sem luta, não há glória. Vida é riqueza. A honestidade sempre vence.
E um meu, que carrego no baú inesgotável do bem querer: O SORRISO É O ABRAÇO DO CORACÃO!
