Recebi, de um dos grupos do meu WhatsApp (leitura viciada de todas as manhãs junto à dos jornais do dia) uma lição de amor colhida em país distante e que nos chega via Internet semeada pelos caminhos…
Convida-nos a guardar sementes de frutos comestíveis, secá-las e ao sair pelos campos, jogá-las ao vento para que cresçam, alimentem e deem sombra aos viandantes.
Possivelmente, não serão elas a nos apetecerem, mas as gerações que nos procederem serão presenteadas com tamanho gesto cívico, ao invés de serem desperdiçadas nas lixeiras, sabendo-se que ainda serviriam de adubos às plantinhas que ornamentam e alegram nossa existência.
Mas, precisando também de lhes dar atenção para crescerem viçosas, não nos esquecendo de regá-las e lhes dar vida com o calor do sol. Através desses procedimentos, uma corrente de cuidados lembra-nos a proteção ao ambiente com as águas dos rios, nas margens ribeirinhas e, também, com nosso corpo e nosso espírito a formar uma espiral de bons hábitos, que só nos têm a presentear.
Nós, brasileiros, ainda não temos hábitos de separar o lixo de acordo com o que não mais nos serve, de cuidar do chão onde pisamos, não nos preocupando em jogar o lixo no lixo. Contaminamos o ar que respiramos. Quase não praticamos cuidados com a higiene, fazendo das mãos o alcance negativo de nossa saúde, hoje e sempre!
Aprendemos muito com povos mais educados. Lembro-me que, ao atravessarmos de ônibus uma das ruas da Suíça, alguém ousou jogar um papel de bala pela janela, tendo a “perseguição” dos atentos homens da higiene, no intuito de parar o veículo – para advertência.
Na Áustria, ao descortinarmos o lendário Danúbio azul, que deu nome à famosa valsa vienense de Strauss Jr., mas, rio de cor marrom-claro, por todo seu vasto curso, a limpeza de suas margens e o verde que o protege como moldura oferecem aos turistas o navio John Strauss para navegar por ele. Nos belos jardins de Viena, monumentos de Mozart, Schubert, Beethovenn, a cidade que fora considerada o maior centro da música europeia. Daí, a vontade firme de viver saudavelmente, construindo esperançosa cidadela de reforçados caminhos, sempre renovados, colhendo frutos sazonados durante as quatro estações do ano, que o tempo não prescreve.
Por todo o leito navegável e coroando a mente do compositor, a criatividade, também, para o “Conto dos Bosques de Viena”, que o Rei da Valsa e toda sua dinastia plantaram em Viena, a terra de Sissi Imperatriz, casada com Francisco José, hospedando-nos no hotel, antigo palácio do casal, ao lado do palácio de Schömbrunn, residência de verão dos monarcas.
Dizem que Berlim, rodeada pelo rio Elba, é uma cidade com grande bosque, que tem uma pequena cidade. Isto porque uma lei do século 17 obrigava que todas as ruas e casas deveriam plantar árvores. Daí ser a cidade mais arborizada do mundo. Pelas estradas, ornamentavam-nas margaridinhas, recebendo jatos de água que descreviam desenhos geométricos irrigando o vergel repleto de florinhas bucólicas e coloridas.
Se a vegetação recebe a água tratada, vários países da Europa, lembrando apenas a Holanda, com suas tulipas e jacintos, jorram água potável abundante das torneiras para o desenvolvimento ambiental da população.
E viva Mona Lisa, inspirando sua saudável juventude desde o Renascimento e eternizada por Leonardo da Vinci...