Em Minas Gerais o mercado de produção audiovisual fez crescer a economia criativa. Este setor do mercado é responsável por gerar cerca de 10 mil empregos nas 1,6 mil empresas produtoras de vídeos cravadas nos rincões mineiros. Esses dados foram apontados pela revista Passo-a-passo, do Sebrae, edição de setembro, que trouxe na capa a seguinte manchete: Sucesso nas telas: mercado audiovisual mineiro em expansão.
Minas é apenas um exemplo próximo do que está acontecendo no país no mercado audiovisual. De acordo com a Agência Nacional do Cinema (Ancine), em 2020 a expectativa é de que o Brasil alcance o posto de quinto maior produtor e consumidor de audiovisual. A cifras são de deixar qualquer investidor deste ramo satisfeito. Em 2014 a contribuição do audiovisual na economia do país foi de R$24,5 bilhões.
Agora vamos analisar a nossa realidade. Uberaba é uma terra de gente desafiadora que nas áreas culturais se lançam com obras que arrancam aplausos do mundo. Quem diria que o longa metragem Ninfa Bebê, do diretor e produtor cinematográfico Aldo Pedrosa, iria muito além da ponte do Rio Grande? Pois é. O filme apresentado como resultado da tese de doutorado de Aldo, na Unicamp, chegou a Hollywood e percorreu com glórias festivais mundo afora.
Uberaba também tem exportado para a capital paulista frutífera mão de obra de profissionais que atuam na produção audiovisual em grande estilo. Que o diga Guilherme Tensol, Mario Di Poi, Ycaro Prata e tantos outros profissionais do ramo como Marcelo Brito Filho e Wagner Fonseca, que estão deixando a marca registrada no audiovisual brasileiro. O mercado de Uberaba é fértil, pois, além desses profissionais, as produtoras da cidade são responsáveis por Jobs nacionais.
De olho neste nicho, a Universidade de Uberaba colocará no mercado 19 jovens profissionais de produção audiovisual. É a primeira turma do curso superior de Tecnologia em Produção Audiovisual, que nasceu para suprir as necessidades deste crescente mercado. Para iniciar com o pé direito, os alunos produziram dois curtas: “Vertentes” – um filme do gênero suspense – e “Nina” – uma comédia romântica – serão apresentados no próximo dia 17, às 19h, no anfiteatro D56, campus Aeroporto.
A lei do Cabo, que exige que as TVs pagas tenham 3h30 de produção independente, representa também uma grande oportunidade para quem está começando e, com certeza, essa juventude não perderá tempo.
(*) Jornalista, diretora dos cursos de Audiovisual, Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Uniube