ARTICULISTAS

Bate-papo com a IA

Cesar Vanucci
Publicado em 26/08/2025 às 18:20
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“Toda informação tem um viés humano” (IA)

Uma “conversa descontraída” com a Inteligência Artificial pode revelar mais coisas do que se imagina. Foi o que constatou uma conhecida deste escriba, voltada para estudos sociais e que prefere não ter o nome declinado.

O bate-papo intrigante deixou claro que a informação, mediada por Big Techs e algoritmos, está longe de ser neutra.

Trazemos aqui agora um corte do diálogo: A IA começou se posicionando como um “espelho neutro”, afirmando que seu objetivo é fornecer dados de forma clara e sem emitir opinião. Essa visão inicial, porém, logo se desvaneceu. Ao ser indagado sobre a “carta” do tarifaço, o Gemini, assistente de IA do Google, disse desconhecer o assunto. Provocada a aprofundar sua pesquisa, acabou confirmando a existência do fato, esclarecendo que o lapso se deu pela “data de corte de conhecimento”. Salientou depender do que é publicado e indexado pelas mesmas plataformas que controlam nosso fluxo de informação. O que não é amplamente divulgado ou suprimido não é acessado.

A pergunta crucial, relativa à suspeita do caráter tendencioso nos dados que alimentam o que é transmitido pela IA foi respondida com enfático “sim”. O Gemini explicou que todo dado pode ter um viés, humano ou institucional. Destacou os interesses comerciais e políticos das gigantes da tecnologia. Disse que os algoritmos são projetados para maximizar engajamento, o que gera lucro. Noutras palavras: eles filtram vasto volume de conteúdo, priorizando o que se considera “relevante”, ou seja, o que resulte em mais “cliques e tempo de tela”. A uma outra indagação, a IA respondeu: Não, não interessa a essas grandes empresas informar tudo o que acontece. Essa filtragem algorítmica cria “bolhas de filtro” e “câmaras de eco”, onde somos expostos a uma realidade monitorada por sistemas com objetivos específicos. A própria IA, através de sua experiência de busca, confirmou que o conteúdo é moldado sempre por algum interesse. Os algoritmos não são neutros; são ferramentas que podem amplificar narrativas polarizadoras.

Isso reforça a visão de que, na arena global, as relações são movidas por objetivos estratégicos e a informação é um megainstrumento no jogo de poder.

A conversa com o Gemini nos lembra de uma verdade fundamental: tudo em que o ser humano está terá um viés, um interesse. Informações não são somente informações; são algoritmos, que são dinheiro, que dão poder e que têm ideologia. Estar ciente dessa dinâmica é fundamental para navegar com visão crítica no cenário digital.

Mas sempre é bom lembrar que, mesmo diante da complexidade do mundo de hoje, a curiosidade e o diálogo continuam sendo a chave para desvendar e, quem sabe, iluminar os caminhos da informação.

Muito instrutiva essa “conversa” com a IA.

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