Boeing cai com 242 passageiros, e um único passageiro, homem indiano, de cidadania inglesa, sobrevive. Uma abelha em voo rasante entra direto na boca e derruba fatalmente um cavaleiro indiano dentre muitos que jogavam polo, pouco tempo depois deste lamentar publicamente a tragédia.
Essas são das coincidências paradoxais da vida. Parece uma peça pregada pelo destino, algo que estava escrito (Maktub), desde o princípio da humanidade. Como se gerindo a vida está de um lado Deus e do outro a Morte ou o Morte – como em algumas culturas do mundo – à espreita para ceifar, na espera da ordem como no Egito Antigo, passar a foice amolada, independentemente de ser primogênito.
Assim como no filme “Os Sobreviventes dos Andes” e/ou aqueles que assistiram ao longa, como no caso de minha mãe, a qual passou dias sem querer comer carne, vai sofrer pelo resto da vida em confronto com a imagem que o cercou após a queda. Com pessoas mortas por todos os lados, e ele em meio, sem saber se tudo não se tratava de um pesadelo. Sim, porque é isso que todos pensam na cena do acidente. Digo por experiência própria. A pessoa acha que vai acordar a qualquer momento. Afinal, tragédias só acontecem com os outros ou com seus familiares.
Diante de tudo isso, das supostas consequências da queda, dos especialistas de plantão e das supostas teorias da conspiração, não sabemos o que nos virá daqui a alguns segundos; tudo é passageiro, ínfimo demais nesse mundo, a girar como se fosse um globo de bingo, com as suas bolas indo e vindo, caídas e levantadas, rodando e chocando-se, pela teoria de que dois corpos não podem ocupar o mesmo lugar no espaço.
Muito menos duas bolinhas passarem juntas no mesmo buraco. Qual número será o motivo de: “Bingooo! Se mesmo a mão que balança o globo terrestre sabe ao certo. Deus não se envolve com jogos. Mas, atenção, antes da probabilidade de um Boeing em queda livre atingi-lo, tome cuidado com uma abelha descuidada. Ou será que era o dia do piloto ou da abelha? Quem arriscar um palpite, periga comer mosca.
