Comecei a crônica escrever na noite de sábado (17), após assistir a um vídeo. Já na noite de domingo (18), ouvi uma palavra na qual dizia que não deveríamos nos preocupar com o futuro, pois quem está no comando é Deus.
Entretanto, como eu queria não me preocupar hoje com o que ouvi ontem sobre o amanhã, mas não posso, nem que quisesse, pelo atual contexto artificial do mundo em que vivemos.
Temos visto na mídia sobre bebês reborn. “O Homem de Cem Milhões de Dólares” e “A Mulher Biônica” já ficaram no passado; de certa forma seriam seus avós, bisavós, caso pudessem literalmente procriar.
Vemos críticas veemente ferozes àquelas mulheres que adotam bebês reborn e os tratam como se humanos fossem. Inclusive, no reivindicar dos mesmos direitos que têm os bebês de carne. Têm?
Contudo, o que mais me preocupa não são os bebês reborn e nem as suas mães. Se tais agem certo, não cabe a mim julgar. Cada um sabe das suas necessidades e sonhos não realizados e/ou agora sim.
Minha preocupação mesmo é com seres humanos de carne e osso, tais como os contidos no vídeo citado acima, posto a noiva subir na cadeira e ameaçar pisar no bolo da festa. Se pisou ou não, a cena não tem continuidade.
Ação que na prática não faz diferença, pois a intenção às vezes supera em muito os finalmentes. Pois o que levou alguém a intencionar pisar no bolo que seria servido a todos se não posso tudo, até transformar o tudo em nada.
Destarte, não temo os bebês reborn, esses não têm como procriar e passar aos seus frutos comportamentos tóxicos. Preocupa-me é um futuro bebê transformado em fel, que possa advir após uma noite de lua de mel.
Charles Thon
Pastor/doutor em Teologia; especialista em Direitos Humanos; membro da Global Academy Of Letters