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Brandão e Gisonita - Baseado em Histórias de Superação

Charles Thon
Publicado em 17/09/2025 às 18:37
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Quando se é criança, cuidamos apenas de fazer novas amizades e brincar com nossos amigos da hora. Pouco importa a origem da família, de onde vieram, qual o sobrenome. Isso não faz diferença. Contudo, algo que se deu diferente com a família Brandão, recém-chegada do Rio de Janeiro. Amigos de meus pais de longa data, cujo sotaque chamava atenção. Detalhe que em nada impediu de chamar os filhos de Itoildo e Margarida (Guida): Magda, Nadja, Aguida e Itamar… Vamos brincar?!

Por esses dias, conheci um Brandão. Num papo de grupo de WhatsApp, que evoluiu para uma chamada de vídeo, juntamente com o meu amigo jornalista Alexandre Rezende. Viva a tecnologia, que nos aproxima sem precisarmos estar perto fisicamente, o que fez esse meu novo amigo, José Brandão Filho, deslocar-se da cidade de Areia (lugar frio de corações quentes), no brejo paraibano, para me trazer um livro de sua autoria, devidamente autografado. Infelizmente, por motivo de força maior, não pude estar presente, somente de corpo, é claro.

Mas do que o seu livro trata? Já pelo título, “Memórias de Um Pé na Cova”, percebe-se que o enredo, pontapé inicial da história, não é de relatos lá muito tranquilos. Afinal de contas, não se tem como negar a força do título da obra literária, a qual, por si só, já faz com que a nossa mente remexa na curiosidade por saber o que tenha ocorrido de tão grave, que justifique tão impactante chamada.

Pelo que me deu a entender – ainda não recebi o livro em mãos –, o autor enfrenta um câncer e, conforme o diagnóstico, os médicos lhe deram pouco tempo nesse mundo. Porém, como o tempo pertence ao dono do tempo, esse simpático gigante gentil, de um metro e noventa de altura, ex-jogador de basquete, segue a pontuar no jogo da boa convivência e agregando torcedores de que este campeonato se prolongue.

Finalizo tendo que citar minha falecida mãe, igualmente guerreira, tendo vencido uma doença, a hanseníase (lepra), que à época matava toda uma família em vida, pela forçada separação. Ela era alguém que, se hoje estivesse conosco, certamente ao conhecer mais um da linhagem dos Brandão também teria a mesma percepção desse seu filho. Esse teria um lugar reservado na nossa mesa, para tomar um café quentinho com bolacha Três de Maio, frita na manteiga.

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