As pessoas nunca são iguais, assim como os sonhos. Ninguém sonha o mesmo sonho. Numa mesma noite, cada um sonha em particular, devido ao que passou durante o dia, pelo anseio dos objetivos futuros, como quem sonha acordado.
As lojas e produtos também não são iguais. Dia desses perguntei sobre caixa de chocolate. Mostrei com os dedos o formato, ouvi nunca ter havido aquele tipo à venda. Tem sim, insisti, comi da Cacau Show. Também com os dedos, o vendedor apontou a placa: “Aqui é Brasil Cacau”. Nem os cacaus são iguais.
Mas um certo anjo ou anja, para ser mais preciso, ouviu o meu pedido, minha súplica. Nem que cantasse: “Chocolate, chocolate, chocolate, eu só quero chocolate”, presenteou-me com a caixa de chocolate tal qual estava desejoso de saborear. Sonho realizado. Como é bom ter os sonhos atendidos.
Às vezes, vindo de modo surpreendente. Como no recebimento de placa em homenagem à minha posse na Academia Guarabirense de Letras e Artes, por parte de todos que fazem o Lacen/PB, laboratório de alta e média complexidade na identificação dos mais diversificados agravos.
A surpresa foi tanta, que, ao ler o enunciado da placa, não atentei para a citação cunhada no suporte de madeira, do poeta lusitano Fernando Pessoa: “Deus quer, o homem sonha, a obra nasce”. Mesmo literatos não sendo iguais, nem todas as caligrafias, nem todos os lápis, às vezes os pensamentos…
Se não, como não assemelhar, por Adelson, parte do texto “A História do Lápis”, do acadêmico Paulo Coelho: “Você pode fazer grandes coisas, mas não deve esquecer nunca que existe uma mão que guia seus passos. Esta mão nós chamamos de Deus e Ele deve sempre conduzi-lo em direção à Sua vontade.”