As Columbae liviae são criaturas comuns em várias partes do mundo. Estavam na arca com Noé; mediadoras entre o homem e Deus nos altares sacrificiais; pousando sob a cabeça do Filho amado no batismo mais falado da história; do mediador que cessou com as sanguinolências.
As Columbae liviae... Ah, vamos sair dos termos científicos. As pombas mesmo também são partes de histórias fantasiosas do mundo da cinemascope, no “Esqueceram de Mim”, pousados na andarilha do Central Park; do cancioneiro popular, do homem que observa tudo acontecendo e permanece sentado num banco de praça, dando “Milho aos Pombos”, e, como no conto infantil “O pombo enigmático”, que descreve uma conversa entre dois pombos, como metáfora sobre pessoas postas à margem da sociedade.
Mas deixem eu lhes contar sobre dois pombos que avistei hoje na parada de ônibus, mais precisamente no telhado de uma casa, os quais, num momento de chuva, enquanto um estava acolhido no sopé, o outro, em cima do telhado, enfrentava os pingos da chuva de peito aberto.
O que me fez pensar de como as pessoas também são diferentes umas das outras em vários contextos e em casos específicos da vida. Como nos episódios de depressão, ansiedade, observados com mais ênfase no mês do Setembro Amarelo. Atentemos para a placa amarela de cuidado.
Pois, tal qual os bichinhos do céu na fauna silvestre, tem suas limitações, como exemplificado pelo Filho do Criador, na parábola dos pardais, sendo pelo Deus Pai alimentados. Todos nós, Homo sapiens, bichinhos da terra, temos igual importância de sermos bem cuidados uns pelos outros nas nossas fraquezas.