A bacia faz parte da história de vida de cada um de nós. Não tem como fugir dela. Seja por ouvir, de apenas falar da Bacia do rio Amazonas, das histórias de cantorias pelas bisavós, tirando a sujeira das roupas na beira do rio, ou tirando o grude das nossas canelas após um dia de brincadeiras na terra.
Com o advento da tecnologia, assim como se achava que não existiriam mais o papel, pois seria tudo virtual, a máquina de lavar viria extinguir as bacias, já que os rios estão secando mesmo e/ou poluídos… Qual o quê, as feituras das bacias continuam a todo vapor.
Muito embora as meninas de hoje em dia não sigam mais a sina dos seus antepassados, posto que nem mesmo as cantigas se propagam no ar, não se ouvindo não se aprende. A não ser aquilo que faz parte da sobrevivência, o que é instintivo, como também das necessidades básicas.
Daí então, tem-se que rever conceitos modernistas e retornar a hábitos passados. Pelo conceito de meritocracia, carregar uma bacia incrustada na bacia. Mesmo que não seja mais para lavar roupas na beira de riachos, ao som de: “Enxágua, enxágua, lavadeira. Quanto mais enxágua, mais cheira”.
A lavagem agora é da alma, do espírito e do corpo de desesperança, observando cenas que talvez nunca farão parte nem serão parte. Chegará à idade adulta sem ter tido o prazer de se fantasiar como princesa, nem mesmo de soprar velinhas. Mas, se a aniversariante a avistasse, com certeza a convidaria para participar da festa.
Porém, não poderia demorar-se e nem gastar o seu fôlego no “parabéns pra você”, cuja prioridade será tão somente para gritar os seus produtos. Torcendo para a freguesia do: “Ó, que desfile bonito”. Compadeça-se em comprar, de dar uma pausa no: “Ouviram do Ipiranga às margens plácidas…”. Plácidas para quem? Tomara que para todos da Pátria Amada Brasil!