Hoje, no período vespertino, pude ver três chaves em ação. Cada qual no seu contexto. Fazendo a sua função única naquilo que lhe é proposta, conforme a sua matéria específica e dentro das suas especificidades.
A primeira chave que vi foi a minha própria sendo feita; moldado seu formato no metal cortado, pela jovem Isabel, filha de Olivaldo, mais conhecido como Galego do Chaveiro Patoense.
Confesso já ter feito antes a mesma chave e, quando cheguei, que me apontaram a Isabel, olhei e perguntei se fazia igual a Galego. No que Romário… “Faz melhor”. E realmente fez uma chave perfeita. Quando de agora, já não perguntei se ela fazia melhor. Fui logo dizendo, quero que você faça. Afinal de contas, o que a mulher faz melhor do que o homem? Tudo!
Alguns passos até o outro lado da calçada, deparo-me com a segunda chave. Minha colega de profissão, professora de Língua Portuguesa, Terezinha Simpson, a qual fazia tempos que eu não avistava. E, após um forte abraço, disse-lhe: vamos tirar uma selfie e tem que ser aqui, em frente ao edifício com o nome da vossa mãe; alguém que lhe deu a chave do saber, com a qual bem fez uso nas tantas voltas que fora mister, a fim de abrir a mente dos seus alunos.
Atravessado a praça Bela, constatei uma bela cena. Pai e mãe no auxílio do filho pequeno, a fazer abdominal na prancha. Passei, mas tive de voltar, senão, não iria me perdoar. Perguntei se podia fazer uma matéria sobre aquela cena. Segundos de entreolhadas paternal, a criança disse: “Pode!”.
Diante de risadas, foi assim que tive o privilégio de conhecer o pai, Henrique; a mãe, Daiana, e o filho Theodoro, o qual, talvez, mesmo sem saber, já está fazendo uso da chave da porta da esperança, do código de segurança, do coração confiante dos seus pais, para no futuro se superar na subida das rampas.