Passarinhos permeiam a vida de todos nós, desde criança. Seja nas cantigas, no vislumbrar dos periquitos coloridos. Tais como os pintainhos ou pintinhos, vendidos nas feiras livres. Quem nunca teve um nas mãos. Minha filha, dois aninhos, segurou o dela cor de rosa com tanta empolgação que quase o matou de arrocho. “Solta, filha, solta”. Gritava a mãe e eu. O bichinho se esgoelando Piu! Piu! Piu! Mas sobreviveu.
Hoje eu vi a Maria Clara... Não a dona do passarinho da imagem. Pois o garoto D... e a sua irmã mais nova H... é quem são os donos. Mas a H... quem escolheu o nome da rolinha que caiu do céu no jardim da casa. Se está gostando da nova morada? Hum, basta ver o banquete preparado com pão para a avezinha. Que deve estar pensando, no porquê de não ter voado logo para esse lar, doce lar. Mas nunca é tarde para se procurar pouso seguro.
Pena é saber que vida nenhuma permanece do mesmo jeito para sempre. Minha filha cresceu. Hoje, adulta, ri muito quando lembramos do seu presente quase esmagado por entre seus dedos. Já os pequenos cuidadores da Maria Clara também crescerão e certamente se lembrarão por anos dessa adoção. A adotada, assim que criar resistência, e ao ouvir o canto do passaredo, seguirá seu rumo. Mas, caso fique... Ninho já tem.