Diante deste evento fatídico, que resultou na morte da brasileira numa trilha de turismo vulcânica, sem desmerecer o momento de luto e de comoção nacional e internacional, talvez um certo detalhe de imagem tenha passado despercebido pela maioria.
Trata-se do responsável Agam, alpinista que liderou a ação de resgate do corpo da brasileira Juliana Marins, no Monte Rinjani, e que pediu desculpas por não tê-la trazido à tona viva. Chamou-me atenção o cigarro dependurado nos seus lábios.
Por que digo isso? Ao lado nós vemos uma mulher, digamos, de corpo atlético; talvez não tenha nenhum vício, sem hábito de fumar, cuidando da sua saúde, almejando uma velhice saudável, mas sofrendo à margem de um vulcão.
Ladeado, vemos um homem que, pela sua fisionomia, já é de certa idade vivida, uns cinquenta anos de experiência, mas que não larga o cigarro do bico, nem que a vaca tussa. Mesmo estando em ambiente insalubre, inalando gases tóxicos.
Em suma, um ser morreu, talvez, respirando o ar tóxico do vulcão; o outro vai resgatar seu corpo, fumando mais de sete mil substâncias químicas, sem se preocupar em respirar outras mil. É preciso, antes de mais nada, cumprir a sua missão heroica.
Ufa! Que texto pesado. Com licença. Preciso respirar.