“Que isso pastor? Estás a criticar os símbolos da fé católica romana? Daquilo que faz parte dos ritos da missa, motivo da circunflexão dos seus fiéis aos santos?”
Não! Jamais. Respeito os ritos da fé de cada religião. Até de quem usa a cruz de cabeça pra baixo, pois tem em seu significado a morte do apóstolo Pedro, por pedido, de ser crucificado de cabeça para baixo, posto não se sentir digno de morrer igual ao seu Mestre.
“Então, por qual motivo mandar tirar a cruz antes de Jesus descer? Se não for sobre o catolicismo, é por conta de quê?”. Bem, deve-se ao fato de colocarem Jesus nos lugares em que Ele menos deveria estar. “Agora lascou. Não entendi foi nada”. Sim, é complicado mesmo.
Jesus foi o maior servidor público que existiu no mundo. Trabalhou desde cedo, serviu a todos sem perguntar quem era quem, não teve o seu trabalho reconhecido pelo patriarcado e ainda morreu sem assistência médica, sem direito a aposentadoria e o auxílio funerário foi por comodato.
Só que agora, depois de morto, de não ter por muitos reconhecido o esforço do seu trabalho, de falar a verdade e prezar pela justiça em favor daqueles que precisam, inventaram de colocá-lo na parede, exatamente em ambientes, onde menos se faz em sua grande maioria, é não cumprir o que Ele pediu, de amar ao próximo como a si mesmo.
Contrário a tudo que ensinou o Homem de Nazaré, as pessoas, ao invés de se unirem, são briguentas, ofendem umas às outras, trocam farpas, sem nem se dar conta d’Ele estar ali, pendurado na parede, só de butuca todos os dias, o dia todo em todos.
Porque, se for apenas para ser tido como uma imagem meramente ilustrativa, se não tem um significado como se estivesse de corpo presente, então por que manter? Mais digno, sensato e correto seria não perder tempo batendo pregos nas paredes se não levar em consideração os cravos que foram batidos nas suas mãos.
