“Consciência é reconhecer, respeitar e valorizar nossas origens”.
O Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, homenageia a luta e a resistência do povo negro contra o racismo e a escravidão no Brasil.
Nos dias atuais, o país ainda caminha a passos lentos no enfrentamento ao racismo. A população negra precisa, cotidianamente, provar seu valor e sua competência diante de uma sociedade que ainda carrega marcas profundas de desigualdade.
Objetivo da Data. A data busca conscientizar a sociedade sobre as consequências do racismo e valorizar a história e a cultura afro-brasileira, reconhecendo a importância do povo negro na formação da nossa identidade nacional.
O racismo estrutural, enraizado em estereótipos negativos, reforça falsas ideias de inferioridade. Contudo, a beleza negra é inquestionável, assim como a de todas as raças — cada uma com suas características únicas, sem qualquer tipo de superioridade.
Reflexão e Compromisso. O Dia da Consciência Negra traz, para o século XXI, a marca do reconhecimento, da luta por igualdade e da reafirmação de que a discriminação racial precisa acabar.
Principais Dados e Estatísticas
Processos Criminais. O número de processos criminais por racismo aumentou 64% entre 2023 e 2024, atingindo um recorde histórico. Em 2024, foram registrados 5.552 novos processos, e um total de 12.095 estavam em tramitação na Justiça.
Denúncias (Disque 100). Em 2024, o Disque 100, do Ministério dos Direitos Humanos, registrou mais de 5,2 mil denúncias de racismo e injúria racial.
Aumento Percentual. Os registros de casos de racismo aumentaram 127% no Brasil em 2023, em comparação com 2022. A injúria racial também apresentou crescimento significativo.
Percepção da População. Pesquisas de opinião pública reforçam a gravidade do problema:
• 70% dos negros relataram ter sofrido preconceito e discriminação.
• 85% da população preta afirmou já ter sido vítima de discriminação racial.
• 45% dos brasileiros acreditam que o racismo aumentou nos últimos anos.
Os desafios ainda são enormes, e é preciso maior engajamento da sociedade para que se alcancem resultados efetivos a curto prazo.
Não é admissível que, após 137 anos da abolição da escravatura, ainda fechemos os olhos diante da barbárie e do racismo tão profundamente enraizado em nossa estrutura social.
Diógenes Pereira da Silva
Tenente do quadro de Oficiais da Reserva Remunerada da PMMG