Setembro, Mês da Palavra, da Bíblia, onde é possível encontrar uma fonte genuína para a vida cristã, que faz reflorescer a esperança, fundamentada na fidelidade aos critérios de autenticidade no cumprimento dos mandamentos do Senhor. A Palavra de Deus ajuda a pessoa a fazer seu discernimento diante das propostas atuais da sociedade, num confronto entre leis do mundo e Lei de Deus.
Por indicação do Papa Francisco, em 2025 teremos o Jubileu do Ano Santo, com tema sobre a esperança, aquela que nunca decepciona. Ela está fundamentada na veracidade da Palavra da Bíblia, num caminho direcionado para a terra da promessa, que não deixa de ser a eternidade em Deus. Mas para isto é necessário colocar em prática a Lei divina, contida nos mandamentos do Senhor.
A prática concreta da esperança é como um verdadeiro dom, vindo do céu, porque ela expressa bem o querer generoso de Deus para com a pessoa que a busca no fundo de seu coração. O fundamento da esperança está contido na força viva da Palavra de Deus, no encontro com a Pessoa de Jesus Cristo e na sensibilidade para com as realidades inerentes próprias do Reino de Deus.
A palavra de esperança é a Palavra de Deus, inspirada do alto, por força do Espírito do Senhor e praticada pelos que a seguem na ação do cotidiano. Um conteúdo que seja frequentemente lido, escutado, refletido e vivenciado como segurança no caminho de encontro com Deus. O fundamental é deixar-se influenciar por ele e, nas suas motivações para uma vida de fraternidade e amor ao irmão.
As grandes controversas da vida não podem levar as pessoas a cair no desespero, na perda de esperança e desconfiança em relação à Palavra de Deus. E, também, não é saudável a atitude de rigorismo na interpretação da Palavra, numa leitura ao “pé da letra”, com frases fora do contexto. Usando as palavras do apóstolo Paulo, dizemos: “A letra mata, o Espírito é que dá vida” (II Cor 3,6).
O valor da Palavra, que produz esperança, é criticado pelo profeta Isaías e citado no Evangelho de Marcos: “Este povo me honra com os lábios, mas seu coração está longe de mim” (Mc 7,6). É o perigo de uma religião apenas de aparência e sem base sólida capaz de assegurar a verdadeira esperança. O bem e o mal vêm do coração da pessoa. Tudo depende de discernimento.