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Limites da vida

Dom Paulo Mendes Peixoto
Publicado em 31/10/2025 às 18:36
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Há uma única certeza na vida, que não pode ser desprezada: Só a vida de Deus e em Deus é eterna. Então, tudo termina na morte, porque é a experiência da partida definitiva. No Dia de Finados a gente fica apenas com as lembranças, a saudade e o mistério da morte. Aí que a pessoa experimenta os seus limites, sua finitude e vazio existencial, e só pode ser preenchido na prática da fé.

A morte é o encerramento da missão terrena. Os cristãos falam da comunhão definitiva com Deus, porque a vida eterna não é espaço de um eterno vazio. Visitar os cemitérios no Dia de Finados revela e significa acreditar numa vida após a morte. E não é só isto, mas também dar atenção aos anúncios da Palavra de Deus, que motivam as pessoas para a dimensão de eternidade feliz em Deus.

A vida terrena é curta para toda a humanidade, mesmo para aqueles que ultrapassam os cem anos de existência. É nesse tempo que começa a dimensão da eternidade, o que a pessoa leva consigo no coração. Não são as riquezas materiais, mas a qualidade do bem praticado, que tem relação com a dignidade, a justiça e o amor ao próximo. Assim, a morte não é fim de tudo, mas início de tudo.

Uma frase bíblica fala da vida eterna: “As almas dos justos estão nas mãos de Deus” (Sb 3,1). Diz o autor que a pessoa não pode viver na insensibilidade diante dessa realidade, desconfiada em relação à vida após a morte. Vida eterna como dom de Deus, não totalmente merecida pelos atos praticados com justiça, mas pela bondade e a misericórdia do Senhor, que acolhe a todos.

Há pessoas que se opõem aos ensinamentos bíblicos que falam sobre a vida eterna. Na verdade, a fé é um dom de Deus, mas também supõe uma escolha, um discernimento, uma opção. O ensino da Palavra do Evangelho leva em conta a liberdade de quem a escuta. Ela é proposta de novos céus e nova terra, imbuída de incentivo para superar os limites que dificultam o conforto da vida plenamente feliz.

O Dia de Finados revela a riqueza da sabedoria de Deus e a nossa confiança nele. Por isto vemos a morte como condição para uma nova vida, o mesmo que acontece com a semente colocada na terra, que morre para nascer e produzir novos frutos. Desta maneira entendemos que a vida não está em nossas mãos. Ela é do Criador, mas tem que ser defendida ainda enquanto é tempo.

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