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Desgovernança x Covid-19

Euseli dos Santos
Publicado em 22/12/2020 às 19:13Atualizado em 19/12/2022 às 05:38
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É na hora da necessidade que constatamos quem está do nosso lado ou aquele que não está nem aí para nós. Isso acontece nos relacionamentos interpessoais, corporativos e, também, quando se refere ao poder público.

Foi só chegar a crise geral ocasionada pela pandemia da Covid-19 para que o excelentíssimo presidente mostrasse que não está do lado do povo. Informação registrada e constatada pelas dezenas de declarações jocosas, desdenhando a capacidade de mortalidade de uma doença ainda incurável. O preç milhares de vidas perdidas e outras tantas em risco.

Como um menino egocêntrico e zombeteiro, caçoou da gravidade do contexto atual, das autoridades de saúde e órgãos internacionais, com discursos desonrosos que nunca deveriam ser proferidos por um presidente da República.

Teve o episódio da gripezinha. Depois veio a sucessão de nomeações de ministros da saúde – chegou a ficar com o cargo vago no meio da pandemia. Houve a fala em que chamou a população de maricas. E, para sacramentar o ano, disse que não será responsável pela vacina e suas consequências. Se ele não é responsável pela saúde da população, de quem é a responsabilidade, afinal?

A pandemia trouxe à tona a inaptidão das autoridades governamentais para enfrentar a crise gerada pelo inimigo invisível. Estamos vivendo um período de desgovernança. Infelizmente, o comandante da embarcação chamada Brasil não quer assumir a responsabilidade pelas milhares de vidas e, ainda por cima, parece personificar a figura de um zombeteiro com uma corneta a tiracolo, oferecendo seu arsenal de “cornetadas” a todos que se opõem a ele.

Outra pergunta que não sai da minha mente: "cadê o homem de bem?”. Duas das principais premissas são compaixão e amor ao próximo. Porém, no caso do sr. Presidente, o bem só é praticado em usufruto próprio e de sua família, que carrega debaixo das asas com a sagacidade de uma ave de rapina. Incluindo utilizar manobras de abuso de poder, para proteger sua cria, enquanto o povo segue vulnerável na luta contra o vírus.

Mesmo assim, inúmeros eleitores ainda teimam em acreditar que o cara é uma espécie de Messias, que vai salvar o país das garras maculadas da oposição. Essa guerra de egos de extremistas partidários tem custado muito caro. A vida nunca poderia ser moeda de troca, minha gente! Para nossa infelicidade é o que está acontecendo. Até quando, hein, autoridades públicas?! Eu, minha esposa, meu filho, povo de Uberaba, do Acre, do Tocantins, do Pará, do Rio de Janeiro, dos quatro cantos do nosso país, merecemos ser reconhecidos como filhos da mesma Mãe: a Pátria Amada Brasil. O dia que isso acontecer seremos gigantes assim como nossa própria natureza. Avante, Brasil!

Euseli dos Santos - Advogado em Uberaba/MG- OAB(MG) 64.700 - Mestre em Direito pela Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP) - e-mail: euseli@terra.com.br

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