Celebramos o feriado caçula, o Dia da Consciência Negra.
Certamente um tema da mais alta relevância, pois é necessário conversar sobre essa temática, discutir e incentivar uma consciência sobre este assunto.
Por quase quatrocentos anos o Brasil importou seres humanos para viverem como escravos, sob toda sorte de condições.
Muitas pessoas questionam se, apesar da relevância do assunto, deveria ser feriado. Será que a matéria é devidamente tratada, será que a consciência existe realmente e a sua discussão é incentivada ou apenas se criou o feriado e pronto; média feita e mãos lavadas?
A data de 20 de novembro é uma homenagem a Zumbi dos Palmares, um homem que fugiu da escravidão e que viveu no Século XVII, numa região onde hoje é o Estado de Alagoas, e que teria morrido nesta data. Zumbi foi escravo, fugiu para o Quilombo dos Palmares e passou a ter escravos. Como assim? É isso mesmo, ele se tornou poderoso e possuía escravos, segundo o historiador Leandro Narloch.
Essa prática seria um pouco diferente da escravidão imposta pelo sistema colonial, ela possuía contornos sociais e culturais.
Porém, é necessário destacar a atuação da Família imperial brasileira no Século XIX. O imperador D. Pedro II e sua família não possuíam escravos, muito ao contrário, eles, além de alforriar vários escravos, disseminaram uma cultura antiescravidão; as mulheres da família usavam uma flor de camélia em suas lapelas, símbolo desta luta.
A verdadeira consciência negra foi criada aos poucos, com o tempo próprio daquela época, através de leis que antecederam a abolição da escravidão no Brasil: Lei Eusébio de Queirós (1850), que proibiu o tráfico de escravos; a Lei do Ventre Livre (1871), que concedeu liberdade aos filhos de escravos nascidos a partir de sua promulgação; e a Lei dos Sexagenários (1885), que libertou os escravos com mais de 60 anos. Outras leis importantes incluem a Lei Feijó (1831) e a Lei Nabuco de Araújo (1854).
D. Pedro II tentou no parlamento a abolição da escravatura desde 1848. Uma luta contra os poderosos fazendeiros por 40 anos.
Após décadas de luta, em 13 de maio de 1888, a princesa regente Isabel, assinou a Lei Áurea, que finalmente terminou com a escravidão no Brasil.
Mas isso é história. Nos tempos atuais, o mais importante são as postagens, a lacração e a cultura separatista do nós e do eles. Quem verdadeiramente fez, fica esquecido e, para a maioria do povo, apenas um circo de informações levianas.