De quando em quando, de tempos em tempos, alguns equipamentos surgem e outros desaparecem. E esses fatos determinam a morte, o fim, o ocaso de alguns segmentos empresariais e de varejo.
Há cem anos as cidades eram repletas de fábricas e de oficinas de carroças; há 50 anos era comum encontrar escolas de datilografia, lojas e oficinas de manutenção em máquinas de escrever; há 30 anos as locadoras de fitas de vídeo se multiplicavam pelos bairros.
Ao longo da história são muitos os exemplos que ilustram chegadas e partidas. Se as fábricas de carroças se foram, chegaram as lojas de carros, de acessórios e as empresas de manutenção.
Se as máquinas de escrever se foram, chegaram os computadores e um gigantesco segmento que envolve acessórios, softwares e manutenção, entre outros.
Se as locadoras desapareceram, surgiram maneiras diversas de acesso aos filmes, séries e entretenimentos diversos.
O psicólogo americano Spencer Johnson, autor do livro – e talvez da cultura – “Quem mexeu no meu queijo?”, alertou, lá em 1998, sobre a sobrevivência dos negócios e sobre a imperiosa necessidade de evolução, criatividade e adaptação. A pandemia trouxe à tona essas lições, que já têm mais de duas décadas; estão mexendo e roubando o nosso queijo.
A tecnologia, em verdade, demorou a ser aceita por muitos segmentos e por muitos profissionais. Os tempos foram avisando, mas muitos continuaram em berço esplêndido, mantiveram-se impávidos como se estivessem blindados, como se estivessem protegidos do novo, da inovação e da tecnologia.
O resultado está aí. Diversos ramos e segmentos empresariais estão sendo fagocitados por outros e pela tecnologia. Estamos assistindo a uma enxurrada de ofertas varejistas, através das redes sociais, por empresas que sequer possuem estoque e outras diretamente do fabricante. Não é a morte do varejo tradicional, claro que não, é a aurora de um novo horizonte. Um cenário diferente, onde o carinho, o respeito e a tecnologia vão imperar; então pergunto: a sua empresa, o seu modelo de negócio está preparado para esta mudança?
Existe a real capacidade de adaptação ou a sua empresa, o seu ramo de atuação e o seu segmento será, em breve, apenas um relato histórico de algo que já existiu, que ficou para trás, que foi alimento da evolução dos tempos e da mudança de comportamento?
Ainda há tempo, mexa-se!
Fulvio Ferreira
Empresário, palestrante e treinador de equipes
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