Pouco nos apercebemos, mas o mundo está mudando numa velocidade muito grande. E difícil distinguir quando está havendo evolução ou quando está havendo inovação.
As relações de consumo varejista também têm mudado muito. A pandemia de Covid-19 trouxe situações que nos obrigaram a evoluir; anos foram adiantados tanto para as empresas quanto para os clientes.
Os professores não imaginavam que as aulas, por um tempo, seriam on-line, todos de frente para uma tela, como nos desenhos dos Jetsons. As lojas, da noite para o dia, tiveram que se transformar em estúdios para transmitir lives e vender, sem a existência do tocar, pegar e sentir. As entregas, que antes eram feitas apenas por algumas empresas de poucos segmentos, tornaram-se comuns; era uma questão de sobrevivência.
Passado o clímax da pandemia e as relações voltando ao normal, ou ao novo normal, temos a insatisfação de encontrar uma realidade que era vivida no passado e que se mantém, mesmo após as dificuldades vividas pelo varejo, e que em muitos casos foi potencializada. Se tudo voltou ao normal ou estamos no novo normal, não vem ao caso. O que é inconcebível e o que é inadmissível é ainda encontrar, e não raro, vendedores preguiçosos, sentados e de cara amarrada.
Ora, enquanto clientes, temos tudo à mão, compramos de tudo com poucos cliques; existem muitas facilidades para se adquirir qualquer tipo de produto, em qualquer localidade e ainda com preços convidativos. Então, quando um cliente resolve ir até a empresa, apesar do tempo, apesar do clima, apesar do trânsito e até das dificuldades de estacionamento, o mínimo que se espera é que o cliente encontre alguém alegre, disposto e pronto para oferecer o melhor atendimento; pronto, na verdade, para oferecer um show de atendimento.
Se isso não ocorrer, se não houver simpatia, competência e sorrisos, corre-se o grande risco de não haver mais clientes, aí essa empresa, se não investir em outros canais, poderá perecer.
Então, se você é um cliente, dê todo apoio ao varejo da sua cidade, e se você for lojista ou vendedor, dê o melhor de si, porque a grande autoridade, o cliente, está chegando na sua empresa!
Fúlvio Ferreira
Empresário, palestrante e treinador de equipes
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