O local: uma churrascaria.
O temp um almoço de negócios.
As pessoas: dois clientes e uma atendente.
Na última semana, durante um animado almoço de negócios, eu, após a refeição, pedi a conta para um garçom. Em pouco tempo chegou uma simpática atendente para oficialmente receber o pedido da conta. Ela me perguntou se o pagamento seria por cartão e se precisaria da nota.
A minha resposta foi sim para as duas perguntas: vou pagar pelo cartão e preciso de nota. Imediatamente, a simpática atendente fechou a cara e disse “então vai demorar porque o restaurante está cheio”. Sem mudar de roupa, tampouco de semblante, eu disse a ela: “Menina, não procure desculpas, encontre soluções!”.
Ora, se o restaurante estava cheio ou se havia apenas uma pessoa no Caixa, isso não era problema meu. O que eu queria e merecia enquanto cliente era o máximo possível de empenho.
Sei das dificuldades das empresas, sei dos momentos de tumulto, tudo isso me é conhecido. Entretanto, as pessoas nas empresas e corporações precisam definitivamente parar de criar desculpas, mesmo que sejam lícitas, que sejam verdadeiras. Enquanto cliente, era notório que o restaurante estava cheio, que era horário de pico etc. Porém o que eu pedi não era nada, absolutamente nada fora do normal, pagar pelo cartão e nota. Aliás, esta última é de emissão obrigatória do estabelecimento.
Num momento de dificuldade na vida, de loja cheia, de completo rush, procure ser mais dedicado e mais competente; não esconda nada do cliente e mostre a ele o seu empenho, a sua vontade de acertar e o seu completo comprometimento e envolvimento com a empresa e o com ele. Fazendo assim, por mais pressa que se tenha, o cliente verá em você sinceridade e dedicação e, com certeza, terá prazer em aguardar por dois ou três minutos a mais.
Fica a dica: não crie desculpas, encontre soluções!
(*) Empresário, palestrante e treinador de equipes